Crônica Depois das três *publicado*

Crônica.

Depois das três

Nem mesmo eu, Yara, sabia que numa noite de lua clara e céu azul aconteceria um coisa tão bizarra.

Logo naquele dia que li o livro Anjos Caídos. Naquela mesma noite eu sai com umas amigas da faculdade.

Fomos nos divertir, comer um lanche no Quero Burguer e falar sobre livros.

Quando vi já era altas horas. Rompendo a madrugada!

O frio e o silêncio imperava na negra e solitária noite.

O véu branco da neve encobria solitária noite.

Lá vem o busão corri para parar, mas o motorista não viu, passou como um relâmpago. Vi o ônibus soltando uma fumaça preta do escapamento .

E já me virei outro busão vem. Tão lento motorista parou bem na entrada da porta eu entrei e sentei meio assustada .

Porque o ônibus está vazio hoje? Um homem respondeu .

Relaxa ..Já ele está cheio.

Sentei e cochilei.

Quando já me vi, já viajava numa locomotiva muito barulhenta e engrenada.

No começo não entendi nada. Mas queria entender o que estava acontecendo.

Não tive medo algum ao avistar no meio da locomotiva aquele homem cantando uma musica que me parecia aterrorizante mas para os outros parecia agradável.

Notei que a vibração do som, era baixa e ruídos me chamaram atenção e medo.

Eu lembrei que já havia ouvido, aquela musica em uma trilha sonora de um filme.

Lembrei-me também do meu professor de filosofia quando falava tudo, depois falava. Ou não.

Sobre natural ou não , mas eu senti uma energia pesada lá dentro, e quis sair correndo pelo interior perguntando o que era aquilo que eu não estava entendendo nada.

Mas como eu nunca fui escrava do medo deixei pra lá.

Além de um frio na barriga que corria pelo corpo feito arrepios, que era o de monos para uma viajem. Mas eu gosto muito de viajar, não me estressei.

Apesar do abafamento e um cheiro ruim que havia naquele ambiente cômico, eu abri a janela e tentei tomar um vento no rosto.

Eu explico, o fato subterfúgio.

Do lado da cadeira, eu esticava toda para ver o motorista que dirigia aquele carro velho engrenado e barulhento, que tanto rangia, parecendo uma lataria amassada.

Mas não o via. Estranho?

Pensei: A lataria está ficando toda para trás, as peças caiam pelo caminho, no chão da estrada desertada.

A gente assustada de cabelos em pé, uns sentados, outros de pé, o trem percorria as vielas becos

ruas estrada, desertas ate chegar no vilarejo. Tudo deserto nada de gente, nada de casas.

Continuou a viajem.

De repente o carro já estava numa estrada destruída de muitas pedras e muito mato

Porque não paramos para tomar uma água? Há mas nada de água era só pensamento .Eu estava com muita sede.

Perguntou um dos passageiros: Tem água?

Mas ninguém responde nada, e lá vamos eu não sei para onde.

Eu estava cansado de tanto que aquele senhor apertava os freios do buzão ,mas não parava par ninguém descer. Passavam os riachos, que haviam pelo caminho e todos gritavam: Agua! Para, Para, queremos agua!

A cada segundo se esperava, uma sacudida nas engrenagens da locomotiva enferrujada.

Era mais uma parada.

Eu observava.

Só descia um passageiro e a hora que que eu esperava que chegasse a minha vês não chagava..

A hora aproximadamente a não sei que horas, porquê ali ninguém usava nenhum meio ou tipo qualquer de comunicação para se vê hora alguma.

No ônibus desgovernado agora só havia sete pessoas das dezessete passageiros que estavam no interior, desde o inicio da partida .

Eu só conhecia Eduard.

Os outros passageiros nunca havia visto na luz dos meus olhos opacos. Alves causados por doenças infecciosa ou envelhecimento.

Chegando numa estrada deserta, o motorista que chamava Olin, falou. Disse: Tem um passageiro aí que vai descer no povoado. Uma voz falava, mas não sei realmente dizer de onde vinha aquela voz. Todos ficaram inersos sem saber de quem era aquela voz de aquarela eternizada.

Aqui é Odhaci. O outro respondeu. Sim. Quem fica.?

Eu estava cansada, quase dormindo e os outro, todos pareciam estar cochilando.

Eu falei; Sou eu .Os outros me ouviram e responderam. Não!. Não acredito, você vai desembarcar aqui?

O motorista olhou para mim e disse; Você conhece este povoado? Tem certeza que quer descer aqui?

A minha mochila não pesava nada, inclusive nem um lençol não tinha .

Não sabia que ao lado daquele ponto que o ônibus para, havia um cemitério.

Meio cambaleando de sono eu desci e parei ao lado de uma pessoa que estava sentado no banco.

Me aproximei. Boa noite. Ninguém falou. Sentei. Havia uma estradinha de terra que não dava para ver até onde ia, mas o moço franzino e sorridente e gentil, me convidou para seguir, pois iria me ajudar a chegar no hotel mais próximo. De vistas parecia já conhecer o tal moço que me disse ser Eduard, sem perguntar quem sou eu, ele já foi falando meu nome e pegando minha bolsa.

Achei esquisito quando ele disse, que iria me ajudar. Só com a luz da lua, segui o Eduard, conversando, mas ele mesmo não conversava, só ouvia minhas histórias e contos e crônicas e dava gargalhadas fora do comum e depois sorria. Parecia está feliz.

Segurava minha mochila e caminhava na frente. Era madrugada de vento frio, apesar de ser madrugada fria eu não sentia frio e nem cansaço, caminhava lentamente não sei para onde.

O silencio era um tanto assustador mas eu não sentia medo. Só ouvia o barulho dos meus passos e das pisadas dele não ouvia nada. Parecia que Eduard, andava flutuando.

De repente um vento gelado me envolveu, senti meus cabelos ouriçados e esvoaçando. Não dei muita atenção,, pois não tenho medos. Nunca deixei o medo me fazer escrava. Ele que tenha medo de mim. Depois eu estava acompanhada por um ser invisível muito feliz.

Porque em alguns momentos eu não o via, e somente sentia que alguém me acompanhava.

Eu tinha certeza que era ele mesmo, o amigo de infância que eu tanto amava. O Eduard.

Ele olhou para para mim e fez uma única pergunta.

Sabes quem sou eu? Eu respondi rápido. Não.

Me fale logo homem, porque eu já estou me acordando deste sonho bom.

Ele sorriu. Continuamos a caminhada. Eu avistei de longe uma cidade fantasma. Não encontramos ninguém para perguntar onde nos estaríamos. Ele dizia não se preocupe .

Aqui estamos bem ,vamos descansar aqui debaixo dessa figueira .

Eu começava falar ficar um pouco assustada, mas ele me acalmava dizendo frases bonitas .

Comecei olhar para o céu, a lua estava sombria.

Nunca havia visto a lua nos fins de manhã.

Vi também que a minha mochila havia ficado para traz, minhas sandálias e também o livro que eu levava para le, onde eu estivesse.

Olhei em mim e vi que as minhas vestes não eram as mesmas .Era um vestido branco de tule e cetim.

As mangas e o vestido eram longos varrendo o chão.

Havia uma paz. Admirei aqueles verdes campos e senti paz e serenidade ali com Eduard ao meu lado.

Todo momento ele me auxiliando como se fosse um anjo,, um pai ou uma mãe.

Não podia ser, um ser perfeito e mais angelical.

Quem era ele? Acho que era um anjo surreal.

Esta foi minha crônica de hoje.

Comentem e curtam.

escritora.fáthimacoelho

escritorafatimacoelhosoar
Enviado por escritorafatimacoelhosoar em 08/11/2023
Reeditado em 15/09/2024
Código do texto: T7927443
Classificação de conteúdo: seguro
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