Negão do Beição
ERA minha intenção dar uma palhinha sobre essa demora de Israel em dar o ok para a volta dos brasileiros que estão em Gaza. Mas vou aguardar até quarta-feira porque o ministro das relações exteriores falou que ficou tudo acertado para os brasileiros embarcarem de volta nesse dia. Mas acho algo estranho.
Assim, mesmo em meio a um mundo tão conturbado com a violência grassando em toda parte, resolvi apenas de raspão, en passant como dizem os franceses, dizer da minha discordância com o exagero do tal politicamente correto. Seguinte: esse exagero está até influindo nas relações familiares. Vejam bem, apelidos de infância como Neguinho, Neguinha, Negão, Preta, Preto, Petrinha e Petrinho, usados desde a tenra idade, com carinho e ternura e assimilados pela vida toda. Estão agora sendo criticados. Há também outro absurdo, os educandários estão boicotando a obra magistral de Monteiro Lobato que nos empolgou na infância, aprendemos muito com os livros dele.
Pessoalmente não ligo para esses exageros, mando imediatamente, se patrulhado, para a ponte que caiu. Ontem ri muito e até engasguei quando recebi um telefonema de uma prima me perguntando se ainda podia me chamar de Negão do Beição. Depois de rir respondi que sim, mas só se pudesse continuar chamando-a de Nega da Beiçola.
Essa onda do politicamente correto não deve exagerar. É um absurdo. William Porto. Inté.