Simplicidade de Tereza
Tereza ama a simplicidade, e eu amo a simplicidade de Tereza. Viver no sítio, namorando cada novo botão de flor que se abre para a vida, sorrir para a chuva que se aproxima, sentir o cheiro da terra molhada, degustar o bom café coado na hora. Namorar o arco-íris. Ah, e pensar nos filhos e netos! Essa vida foi planejada. Sem exageros. Viver do simples, das coisas que fazem sentido na construção da sua história.
A cada amanhecer a sua oração perpassa pela família, amigos e pelas suas criações e plantas, cuidadas com tanto esmero. Cada gesto tem um significado e é feito com a delicadeza de mãos simples que sabem que a vida precisa do toque feminino para dar essência aos que estão ao seu redor.
Tereza é assim, inteira em tudo o que faz! Ama registrar com fotos as coisas que ama. Quer deixar um legado, uma história registrada dos tempos felizes, em comunhão com a Natureza e sua família. Consegue perceber a poesia nas tarefas cotidianas.
E Tereza também é amada. Amada pelo varal de roupas balançando ao vento. Limpas, leves, soltas, assim como Tereza. Roupas destituídas de suas vaidades e impurezas, Apenas roupas balançando, brancas, coloridas, expostas ao Sol e à liberdade do compasso do vento. Até o galinho garnizé sabe disso e saúda o momento. Tão simples, tão singelo, tão único.
Amo todo esse cenário, fecho os olhos e retomo o percurso da minha vida. Assim como Tereza, seguirei minha caminhada na busca do que é essencial para a minha felicidade e daqueles que caminham ao meu lado.
Quero ser um botão, uma roupa ao vento, no varal cuidado por mão simples; nas orações de Tereza e no arco-íris que anuncia um novo tempo.