INSÔNIA
Já abordei em outro texto que dormir não é de graça, pois quase todo mundo recorre a um ansiolítico ou outros recursos para conciliar o sono.
A insônia é um mal que atinge gregos e goianos e não respeita faixas etárias.
"De acordo com estudos da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), 72% dos brasileiros sofrem de doenças relacionadas ao sono, entre elas, a insônia. A privação de sono pode indicar alterações na saúde física ou mental." Fonte: https://www.gov.br/saude/pt-br.
Estou entre os 72% apontados na pesquisa do governo e com certeza não estou sozinho. Creio que só uma parte muito ínfima da população mundial é boa de cama, o tipo que é só deitar a cabeça no travesseiro e já sai roncando. A maioria recorre aos ansiolíticos.
Vivemos tempos ansiosos e a depressão nos cerca a cada momento, daí a necessidade de recorrer aos remédios para controlar a ansiedade e a depressão e induzir o sono. E não é questão somente da correria da modernidade, pois lembro que minha mãe era ansiosa, meu pai ainda é em algumas situações e com certeza os pais de nossos pais já eram ansiosos, tanto que a figura do analista e do divã nos remete aos tempos de Freud, considerado o pai da psicanálise.
Só que antes talvez nossos pais não tomassem tantos remédios.
O maior perigo é ficar dependente desses remédios e ter que aumentar a dose para conseguir o mesmo efeito relaxante.
Ou misturar ansiolíticos com outras substâncias, turbinando seus efeitos. Não sou puritano para apontar um dedo para o semelhante, esquecendo que os outros quatro dedos apontam para mim mesmo: já misturei remédios com álcool e devo dar graças a Deus que não tive nenhum efeito colateral desagradável. Nunca usei maconha ou outras substâncias ilícitas; não por puritanismo, mas por medo de perder o controle. Mas já misturei alhos com bugalhos, conforme mencionei acima.
O ideal é procurar ajuda médica conforme se sentir ansioso, depressivo ou insone. Afinal, os médicos estão aí para nos ajudar e quem tem plano de saúde louvado seja, por que depender do SUS é se sujeitar a uma espera de meses, às vezes até anos.
A única questão é: e se esses profissionais da saúde também surtarem todos, quem vai cuidar deles que nos cuidam?