C a r l i t o s

MESMO neste momento de horror por causa da guerra que está assassinando inocentes, não podemos perder a esperança - o sonho do homem acordado. Perder a esperança é aderir ao inferno.

Vejam bem, apesar do horror, acho que nunca precisamos tanto de ternura e solidariedade. Nunca, creiam, precisamos tanto da filosofia de Carlitos (Charles Chaplin). Ele sabia que a história era dinâmica, que o mal pode prevalecer por algum tempo, mas não é eterno, um dia finda. Carlitos foi obrigado a dar dos EUA por causa das suas ideias, mas voltou por cima e sem abrir mão das ideias libertárias. Dizia: “A humanidade não se divide entre heróis e tiranos. As suas paixões boas ou más foram-lhes dadas pela sociedade, não pela natureza”.

Carlito não mudou uma vírgula nas suas ideias e nunca desdenhou dos seus espectadores: “Se tivesse acreditado na minha brincadeira de dizer verdade teria ouvido verdades que teimo em dizer brincando, falei muitas vezes como palhaço mas jamais duvidei da sinceridade da plateia que sorria”.

Carlitos não ria. Ele era triste? Não. Era parte da sua filosofia de vida: “Se o que você está fazendo for engraçado, não há necessidade de ser engraçado para fazê-lo”. Acreditava no sonho e no futuro: “Enquanto você sonha está fazendo um rascunho do futuro”.

Era alguém que acreditava na vida e na paz:

“Creio no riso e na lágrima, como antídotos contra o ódio e o terror”.

Saudade de Carlitos. Era totalmente contra a guerra. William Porto. Inté.

Dartagnan Ferraz
Enviado por Dartagnan Ferraz em 31/10/2023
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