Montanhas gerais
É um sentimento indescritível que nos toma quando se olha para essas montanhas que nos cercam por todos os lados. Viver na Serra da Mantiqueira tem um quê de especial. O verde das matas, o azul do céu ( nosso mar mineiro), as águas que descem pelos rochedos extasiam qualquer olhar, fazendo de todos fotógrafos da natureza. Se faz urgente este registro, ninguém quer deixar passar esse encanto sem ser compartilhado, dividido com outras pessoas.
São montanhas, esculpidas pelo tempo e pela obra divina. Observadas de longe, não conseguimos deixar de nos emocionar, tamanha a vastidão geográfica e a diversidade de cores e formas que teimam em perfurar as nuvens. Nuvens brancas contrastam com a paisagem.
Se caminhamos mata adentro, ouvimos apenas a melodia do canto dos pássaros, o sussurrar das árvores acariciadas pelo vento e os gritos e grunhidos de algum animal silvestre. A variedade da vegetação é digna de visitas de cientistas e amantes da arte. Sua riqueza inspira qualquer artista a sentar na relva, no chão batido, num tronco caído no solo e transferir para a tela o que os olhos enxergam e o coração registra com o sentido da alma.
Se buscar pelas cachoeiras, encontrará muitas delas. Águas que descem fácil, límpidas, dando nomes aos lugares, atraindo turistas e saciando a sede dos animais. Cantadas em versos e prosas pelos poetas da região.
No alto de uma montanha, devastada, recoberta apenas pelo gramado verdejante, longe da vida urbana, podemos conhecer o “barulho do silêncio”. Nada, além de você e Deus. O céu, a montanha, o verde e a nossa respiração entrecortada pela emoção desse infinito. Nossa pequenez diante do Universo.
Montanhas gerais. Somos únicas neste acasalamento. Gratidão pelo nosso doce encontro, pelo meu olhar humilde que permite comprovar a finitude da minha existência diante do mundo e a oportunidade de conhecer o Criador através de você.