O FATOR MEDICÂNCIA: EM QUEM DAR CRÉDITO?

No tempo em que estava na ativa, ou seja, trabalhando e diariamente me servia de vários tipos de conduções, ônibus, lotação, trem, metrô etc. , e já estava calejado de ouvir nestes meios de transportes os mais variados tipos de pessoas ora vendendo produtos diversos ora pedindo esmola, outros se apresentando, cantando, mostrando algum talento e depois passava o chapéu e assim sucessivamente. Particularmente, como gosto sempre de aproveitar o tempo e ler um bom livro, as minhas leituras neste ínterim, amiúde, eram abortadas, postergadas, pois a minha concentração ficava muito difícil. Agora, como sou aposentado, dificilmente vou à cidade resolver algum problema e quando me deparo com este tipo de coisa, obviamente que não me dá nenhuma saudade, mas sem querer, lembro-me no ato das vezes que isto acontecia e , em várias oportunidades, dependendo do momento e da circunstância procurava ajudar ou comprar algo, muito embora viesse me arrepender, posteriormente, após perceber que alguns produtos não correspondiam àquilo que o tal vendedor anunciava. Raramente alguns tinham alguma real utilidade passageira.

O tempo passou, muita coisa mudou, mas esta mendicância está cada vez mais na ativa e se apresentando de modo diversificado, como por exemplo, pessoas que pedem esmolas, falando da necessidade dos seus filhos pequenos e alguns cometem o desplante de levar à tiracolo alguma criança para aumentar a compaixão das pessoas. A pergunta que fica no ar sempre é a mesma: quem prova, quem garante que aquela criança é mesmo filha daquela pessoa? E mesmo que seja, pra que colocá-la numa situação tão deprimente quanto deixá-la com algum parente ou vizinho? Mas Deus é quem sabe se, mesmo dando uma pequena ajuda que seja uma pessoa está realmente praticando uma caridade ou ajudando a proliferar a falsa mendicância!

JOBOSCAN
Enviado por JOBOSCAN em 27/10/2023
Reeditado em 27/10/2023
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