Como uma escrevinhadeira que aceita pessoas com defeitos, com feridas, com pouca fé...

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Se houver paz em algum lugar, quero sentar lá e sentar um pouco. Quero sentir sua presença a cada inspiração e expiração.

Quero ir para lá, onde eles entendam que julgamento é para quem tem tempo e meu agora passa...

Quero ir para lá, onde não tentem sugerir nada e me aceitem como sou - intensa, louca, amorosa e ironica um tanto e desapegada a quem vê caminhos em circulos e se basta conhecer o ritmo...

Sim, eu sou uma humano sem noção que vive entre as pessoas chatas. Orgulhosas, indecisas, medrosas, indiferente e distantes...

Percebi que ser uma borboleta é uma aventura incrível... Que se esforça tanto para ser livre e no correr do tempo, as vezes, já nasce e de repente morre...

Quero ir para lá, onde eu e você possamos ter opiniões diferentes sobre alguma coisa e ainda assim estar em paz. E não creio que esse lugar exista na terra, pelo menos não perto destes edifícios. Talvez ao redor do oceano, no final, longe do certo e do errado. Eu quero ir para lá para viver uma vida neutra.

Como uma escrevinhadeira que aceita pessoas com defeitos, com feridas, com pouca fé... Mais que se permite transformar e ter coragem de ser mais simples.

Monet Carmo

Recanto das letras

24/Outubro-2023