Há pelo menos duas explicações a respeito da expressão utilizada para indicar os membros das famílias nobres. A mais bem aceita pelos estudiosos da língua é a de que esta tem origem na Espanha, no século VI e, faz referência à cor clara a pele, sob a qal se destacavam as veias e artérias azuis, quase invisíveis na pela de mouros e judeus que eram constantemente expostos ao sol durante o trabalho.

A dita expressão teve origem na Europa renascentista, onde a estética da nobreza era ditada pelo tom de pele mais claro, quase da cor de porcelana. E, cogitava-se que havia sangue azul, ou seja, nobre devido à exposição das veias localizadas nos membros superiores, onde ressaltava a cor  azul.

Outros estudiosos defendem que a expressão é bem mais antiga sendo oriunda do Antigo Egito e, segundo os faraós que afirmavam ter sanguel azul tal qual as águas do rio Nilo, o que atestava sua origem divina. A cor azul igualmente fora usada pelos Reis de França ao estabelecer a relação com os Reis à religião cristã. A expressão nasceu em contexto de preconceito étnico, religioso e cultural.

Depois que os mouros dominaram a Península Ibérica, no século VIII, os espanhóis  – originalmente de pele bem branca – passaram a ter filhos mais morenos, como a  maioria de sua população atual, devido à miscigenação com os invasores.

No entanto, a aristocracia se orgulhava por não ter se misturado aos invasores que tinham uma pele quase negra e apontavam para as próprias veis para mostrar o tom de azul.

Realmente, o sangue venoso tem tom azulado quando visto pela superfície da pele humana e quanto mais clara a pele, maior é contraste com esse tom das veias e artérias. Eis a versão mais aceita e corroborada pelo World Wide Words, a bíblia da etimologia mundial de autoria de Michel Quinion.

GiseleLeite
Enviado por GiseleLeite em 24/10/2023
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