Mercedes

Minha Mercedes, minha amante, você me explora, todo meu dinheiro, promete não me deixar, mas faz três semanas que não vêm ao meu encontro.

Comprei você não Como escrava, mas como mulher Cobiçada, que ama o luxo, deseja o prazer.

Uma auto móvel, que se apresenta na sociedade cobiçada automotivo, como a única, desejada entre todas as marcas.

Sua cor clássica, discreta, não importa sua idade, vive todos os

anos como uma jovem, sempre cobiçada e desejada, a espera de um parceiro que a sustente nos seus defeitos, vícios, a espera de um fim feliz, longe de um depósito, ferro-velho ou sucata de um desmanche.

Conhece a experiência de um sequestro, de um guincho, seja ela de uma oficina ou de um órgão público, a minha espera de sua liberdade. Mas hoje faz três semanas que não a vejo, que não me dá seu sinal de vida. A oficina não me diz quando você terá alta, só me diz quanto custa seu conserto, eu fico na confiança de que a qualquer momento você voltará bela e esbelta como uma Alemã a brasileirada entre tantas estrangeiras com dupla nacionalidade.

Você é a única de todas que eu a tive por serviçal, dama de companhia, ajudante de minha locomoção como assecibilidade.

Você é a minha Mercedes-Benz!