Vitoriosos Inglórios
Não há dúvida que o exército israelense sairá vitoriosos do conflito que teve início em 07/10/23. Trata-se de um dos mais equipados, treinados e agressivos exércitos do mundo, embora seja denominado pelo singelo nome de “forças de defesa”, sempre joga no ataque.
Ao contrário do que quer fazer crer o noticiário, este conflito não teve seu início há poucos dias. Talvez tenha começado no dia 22 de julho de 1946, quando um comando terrorista sionista dirigido por Menachem Beguin atacou o Hotel King David, local que servia de residência dos funcionários do governo palestino sob o domínio da Inglaterra. Na explosão morreram 91 pessoas entre ingleses e palestinos.
Teve sua continuidade, entre outras escaramuças, em 11 de abril de 1948 na vila de Deir Yassin quando mais de duas centenas de civis desarmados foram assassinados por terroristas sionistas, ou seria em 21 de maio de 1948 quando a aldeia palestina de Beit Daras foi cercada e sua população massacrada para dar lugar a uma nova colônia sionista.
Seriam pacifistas os integrantes da Gang os Duros, da Stern Gang e outros grupos radicais que tocavam o terror na região onde queriam instalar sua “pátria”?
O Hamas perpetrou um ato terrorista, não há discussão, só não devemos esquecer que este grupo surgiu em 1987, portanto 40 anos depois que os europeus de “fé judaica” estavam produzindo desgraças condenáveis na região.
Não creio que haja um deus, ou Deus, ao lado dos novos moradores da Palestina que, como os próprios divulgam, identificam-se como sendo de diversas nacionalidades ao redor do Globo. Eles pouco ou nada têm a ver com a região, a não ser essa ligação emocional mal explicada, uma vez que, apesar de citarem uma certa ‘religião’, formam um dos países menos religiosos do mundo, onde cerca de 60% da população não se declara religiosa e 8% se declara ateia. O deus visível e onipresente são as forças estadunidenses, que fornecem armas sofisticadas e bombas poderosas capazes de eliminar dezenas por explosão; dois porta-aviões espreitam no Mediterrâneo, em prontidão, não permitindo qualquer socorro aos miseráveis que não esteja sob seu total controle ou uma reação consistente.
Enquanto isso, vai sendo posto em prática o plano da ‘solução final’; os palestinos não têm qualquer chance. Estão encurralados entre os canhões e o mar. Os que sobreviverem morarão miseravelmente em barracas de lona em algum acampamento de refugiados apátridas.
A vitória sionista virá, mas não terá nenhuma glória. A menos que alguém aceite ser condecorado com a “medalha da malvadeza”.