Saindo da vida para seguir o baile moral
Depois de tantas tentativas, após enfrentar um mar de incertezas, uma montanha russa de sentimentos, chegou ao ponto crucial da questão, a qual, há um bom tempo esteve envolvido. E mais uma vez, acabou enrolado. Atufado em dúvidas e sensações desconfortantes, optou pela desistência. Pela distância. E por se acostumar com a monótona vida, que aos olhos do senso comum, é considerada ideal.
Talvez seu erro tenha sido não se adaptar e aceitar os trâmites para seguir a vida correta, aquela que a sociedade propaga como exemplar. Em meio a altos e baixos, as sensações ruins precisam se aquietar para poder seguir. De forma mais sem graça, sem muito sentido, sem a emoção esperada, mas de acordo com aquilo que a sociedade prescreve como saudável:
trabalhando duro;
indo à igreja;
persistindo na fé religiosa;
não explodindo.
Seguindo o caminho imposto para, sem dores de cabeça, e com o coração curtido no vinagre, viver a vida.
Procurando não questionar;
fazendo o que é mandado;
não se apegando ao outro lado;
sendo exemplo aos mais jovens.
Sua conduta só será boa dentro dos padrões estabelecidos... pela sociedade. Esquecendo parte do conhecimento, outrora buscado, utilizando apenas aquele que te levará ao sucesso, dentro daquilo que olhos e mentes comuns considera ser o correto.
Desistir parece certo... se apresenta como certo. Deixará o caminho mais fácil.
Fique de bem com a sociedade, e de mal consigo mesmo.
Siga o baile moral.