A bengala esquecida

Próxima estação o metro deu seu tempo de repouso abrindo suas portas de pressão, a jovem entra vê um banco vazio não pensou duas vezes, sentou ao lado do corredor já que da janela estava marcada com uma bengala de alumínio com pé de borracha. Aguardava um senhor ou senhora vinda do banheiro quem sabe sentar ao seu lado. Não demorou o vagão começou a mover-se e nada do dono da bengala aparecer. Na outra estação entra um rapaz aparentando ter entre 20 à 25 (Vinte a vinte cinco) anos segurando uma pasta preta de executivo, camisa branca, sapato social também preto, com terno azul marinho e gravata listrada educadamente pede licença e ao sentar ao seu lado pergunta: (Conhece o senhor desça bengala?) Ela responde amavelmente que quando entrou a bengala já estava no acento, o rapaz aceitou com naturalidade arrumando uns documentos na bolsa que estava no seu colo. No trajeto ficou sabendo parte da história, aquele passageiro era um senhor do semiaberto e todos os dias bem cedo sai rumo sua casa alimentar o amigo fiel que foi cuidado por muitos anos pelos vizinhos bondosos enquanto tinha cumprir a temporada de regime fechado. Na explanação notou que rapaz tinha momento que ficava com a voz embargada, ficou sabendo que este era seu filho caçula da falecida mãe. “Cego de ciúme ele tirou a vida de sua esposa, mas no hospital a equipe médica não conseguiu salvar a mãe, mas o bebe hoje um homem formado trabalhava nas oras vagas pra tirar seu pai da cadeia, já que era advogado e sabia da condenação maior não conseguiria livrá-lo, os olhos verdes o aprisionou para sempre.

Jova
Enviado por Jova em 16/10/2023
Reeditado em 16/10/2023
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