Interpretando o Livro "Turismo espiritual"
Caríssima cunhada Mércia Lúcia de Melo Neves Chade.
Vamos viajar neste Rio que não banhamos duas vezes nas mesmas águas.
Nascemos no líquido amniótico, e nos compomos mais de líquido do quê de sólido.
Mas vamos viajar no mar espiritual, onde nos encontramos conosco mesmo, entre tantos semelhantes, tão desiguais!
Nossa estrada cefálica nos faz sapientes, desvendando os sinais de trânsito, por onde passamos.
Um tour pela vida, desde nossa partida, até nossa pretensa chegada, sem finitude.
Nosso veículo viajor é material degradável. Mas o motor é espiritual e perpétuo, imaterial. É o Sopro Divino sobre o homem proveniente do húmus, que o faz humano.
Assim é a criatura do Criador.
Esse animus é a alma imprimida em todo ser vivo, animal, vegetal e humano.
Seres que viajam como a nossa viagem. Começa na nossa concepção material e espiritual.
Nós nos conhecemos pela introspecção; respiratória; batimentos cardíacos; mental, consciente!
Uma viagem sem volta, sem fronteiras; liberdade incondicional.
Por isso vivo, porque penso, sou cognitivo.
Saio Espiritualmente do meu corpo, deixo o tempo e o espaço agora, viajando indeterminado, para onda a matéria não consegue chegar.
Os meios de viajar são pela música, pelas artes, os átomos, através dos cinco sentidos e o sexto inconsciente. Tal qual nossos cinco dedos e o imaterial inconsciente.
Meu passado foi uma catapulta para o presente, e, o futuro, uma viagem iniciada agora.
Uma viagem binária de vida e morte material. Aritmética pela régua que medimos as pessoas, porquanto a espiritual é geométrica, com a hipotenusa dos catetos, do esquadro e do compasso, ou seja, da matéria e do espírito.
Nossa viagem se torna confortável, na medida que vamos nos tornando religiosos, abrindo nosso espírito como uma lente angular, que alcança todo campo intelectual.
Através da religião, adquirirmos nossas crenças, que nos levam ao Grande Arquiteto do Universo, de acordo com o nosso Credo que O Denominamos pela nossa instrução religiosa.
Quando criança pensava como criança, meu Deus era um "velhinho" boa pessoa, querido como nossos avôs.
Agora eu encontro meu Deus no meu Espírito, contemplando minha Alma, amando a criação e as criaturas.
Eis pois, o meu Templo onde Habita O Meu Deus, construído através das minhas virtudes, porquanto minha matéria a deposito em minha masmorra do vício.
Como itinerário de viagem do material para o espiritual, preciso me dispor de toda materialidade que minha vaidade, orgulho; poder; preconceito e inveja; trago comigo.
Estamos acostumados a não nos esforçarmos, usando escadas rolantes, elevadores, digitação ao invés da caligrafia, Internet e não bibliotecas. Condução em vez de caminharmos. Celular pra todo tipo de utilidade como nossa função intelectual.
Divorciar-se disso tudo é um aborto inconcebível, impedindo a nossa interiorização de viageiro.
As vezes nossa carne fala mais alto do quê o espírito, caímos na luxúria, esbarramos na vontade contrariando nossa essência primordial que é o Espírito. Mas refeita a estrada da perfeição, conseguimos o rumo da viagem pelo norte da conduta.
O estado de espírito é o clima da viagem que suporta a trasladação turística sem a matéria.
A introspecção deve ser um exercício diário para se conhecer e corrigir o plano de viagem submetido.
A embriaguez, a gula e o sexo fazem a viagem pela estrada mal conservada, dificultando o destino.
A correção de rumo depende da nossa energia física e mental, para liberar o nosso horizonte, visando nosso objetivo.
Uma energia estática que nos equilibra, nos recria biologicamente, para sermos seres de DNA indivisíveis, nos tornando indivíduos, egocêntricos. eu centrado, ser, consciente, ciente do meu ser.
Habitamos o nano espaço do Universo, existencial em bilhões de anos luz, incalculável a nossa capacidade vivencial na Galáxia hodierna!