C a n s a d a ç o
SEMPRE fui e teimo ainda ser alguém que cultiva a esperança - o sonho do homem acordado. Sei que não sou ninguém, apenas um velho arengueiro, inculto é viciado em meter o bedelho onde não é chamado e sem conhecer profundamente os assuntos que teima em palpitar. Sou um mero leigo.
Mas apesar de ser um anônimo cidadão, gosto de fazer a minha parte, por isso opino, protesto, sugiro e arengo. No entanto, ultimamente, estou muito cansado. Cansado é até apelido, estou é cansadaço. Não dá para segurar o horror por que vive o mundo. Não só por causa das guerras, mas porque as lideranças dos países que realmente poderiam minorar as dores do mundo, simplesmente só fazem jogo de cena. Demagogia. Seguem à risca a defesa dos seus interesses. São lideranças e nações que desprezam a verdadeira história. Jogam essa história verdadeira na lata do lixo. Preferem a história mentirosa é oficial.
Na verdade, sobre a história oficial já dizia Tocqueville: “A história é uma galeria de quadros onde há poucos originais e muitas cópias”. Mas Napoleão fui mais duro: “A história é um conjunto de mentiras sobre as quais se chega a um acordo@.
Fico, pois, no meu cantinho cansadaço mas ainda com um restinho de esperança. E crença em Deus. Ele haverá de despertar às consciências dos líderes mundiais. Lembro ainda o que disse Galeano: “Há aqueles que creem que o destino descansa nos joelhos dos homens, mas a verdade é que trabalha, como um desafio candente sobre a consciência dos homens”. Amém. William Porto. Inté.