Amar é decisão - BVIW
Tema: quando o olhar distancia-se
Eu bem sei que um coração partido dói. Dói tanto que é capaz de nos tirar o apetite, o sono, a paz. Um coração partido nos parte ao meio, e a gente sai trôpega, juntando os cacos pela estrada a fora. Às vezes, o fim iminente vai dando sinais de morte, outras vezes somos abruptamente atropelados pelo “adeus” do amado. De um jeito ou de outro, o que primeiro se distanciou de nós foi o olhar. Quando um olhar perde o brilho, aí já era… Entretanto, eu assino uma tese: o amor é decisão, antes mesmo de ser um sentimento. A gente decide amar. Por isso, num relacionamento a dois, por exemplo, há esperança todos os dias, porque os dois podem decidir por se amarem diariamente. Só assim entendo a ordem que Jesus nos deu: “ame teu próximo como a ti mesmo”. Só assim é possível compreender amar alguém que nos fez mal. Por decisão, por vontade, por teimosia, até. E quando a gente insiste nesse desejo de amar, o sentimento brota, igual uma plantinha que a gente enterrou na terra e regou. Amar é de uma complexidade tamanha, que só compete ao ser humano, algo sublime, muito longe do instinto animal. Porque depois da “decisão” de amar alguém, a atitude vem concretizar o amor. Por isso, “amar” é um verbo. Tem movimento e ação. Amar é imitar Deus, o próprio amor.