O pior vizinho de todos
Assistindo o filme: O pior vizinho do mundo, constatei que o pior vizinho que podemos ter, às vezes mora dentro de nós; é aquele Eu auto sabotador, que conta mentiras e acreditamos sem cogitar. Temos que tomar a direção de nossas vidas em momentos em que ela nos atropela. Ficar ao chão por muito tempo pode ser ainda mais danoso, e por isso, temos de retomar "as rédeas "o quanto antes. Não se trata entretanto, de ignorar a tristeza e viver uma falsa felicidade, mas de não viver um luto eterno; até porque, a morte é a única certeza que temos e enquanto vivemos, vamos confrontando as incertezas.
Sem querer dar spoiler, apenas confirmando a própria sinopse, no filme o protagonista vive mal humorado por conta da morte da esposa amada. A tristeza do luto se mescla com a impaciência, e embora ele seja um homem generoso, age de forma totalmente ríspida com seus vizinhos e todos que cruzam seu caminho.
Não podemos deixar que a tristeza "azede" nossas relações, muito menos que consuma a nossa vida ainda em vida. Ao agirmos dessa forma desproporcional, nosso olhar se torna embotado e tudo é cansativo demais... a vida se torna um fardo muito pesado para carregar, em momento em que não nos esforçamos pra nada, minando a força que habita em nós.
O filme amplia nosso olhar sobre a vida, não só no tocante à nossa postura quanto à mesma, mas também em relação aos outros. Ao longo da trama conseguimos compreender a importância de sermos empáticos, concluindo que todos estão enfrentando alguma adversidade, em menor ou maior grau que nós, e portanto, não devemos viver alienados ou indiferentes dentro da nossa "bolha", mas estourá-la para enxergar o que há do lado de fora, e principalmente, descobrir de que forma podemos ser úteis e somar na vida dos nossos semelhantes.
Recomendo o filme, e vou mais além: que você possa analisar de que ângulo tem enxergado a vida e se isso tem influenciado as circunstâncias em teu entorno; que você possa explorar as mais diversas perspectivas, para que então consiga chegar num consenso... e quem sabe, tendo bom senso para variadas situações.