A vida

Há um ditado que diz que os pais criam os filhos para o mundo, em um certo momento ele irá tomar seu próprio rumo.

Quantas e quantas músicas e poemas foram feitos relatando isso, a necessidade do ser humano de em certo momento, cortar o cordão umbilical e seguir seus próprios passos, mesmo sendo uma partida doída para todas as partes.

Eu digo que a vida é como o mar e o ser humano nasceu para desvendá-la, explorá-la, navegar por entre seus sonhos, anseios, desejos.

Por vezes os pais ou o meio em que se vive, verão como desnecessárias essas explorações, alguns tentarão até mesmo impedir o zarpar.

O choro, o pedido para ficar, sempre estará lá.

Mas, caso tenha coragem, vá. Desancore e siga a rosa dos ventos em busca do Norte onde se encontra o que se busca, mas tendo sempre para si a base e o equilíbrio que a âncora dos conceitos recebidos durante sua existência e os conselhos e verdades que ouviu e ouvirá no momento da partida, lhe fornecerão.

Sabendo que durante a viagem muitas coisas boas e ruins irão acontecer, como dizem: “mar calmo nunca fez bom marinheiro” e a vida não vai parar para que se cure e ninguém estará lá para te enaltecer.

Para não sucumbir será necessário o manejo firme do leme de sua própria consciência, o controle de sua vida, de suas escolhas e consequências dessas escolhas.

Você é o comandante, ninguém mais!

No entanto, diante de tudo que acontece, por mais difícil que a vida seja, por todas as dúvidas que ela traz, tenha em mente sempre que poderá voltar atrás, para onde se sente seguro, seguindo a mesma rosa dos ventos que lhe mostrará o melhor caminho.

Te garanto que todo o peso do mundo em seus ombros se dissipará e ganhará forças para seguir seu destino, com a descoberta de seu próprio oceano, quando vir a luz do farol mostrando que está diante de seu porto seguro, aquele lugar ao qual se pode velejar por diversos mares, passar o tempo que for à deriva, sempre que precisar de um aporte saberá que tem onde aportar - não importa onde ou quem seja - que é seu motivo para voltar, por vezes até sua razão para ficar.