Porque durante os momentos em que tu era apenas um personagem boêmio, que falava de poesia, arte, música, orgias, desejos mundanos e romantismos sinceros que fascinava ao mesmo tempo que irritava e assim, ambos não se afogava em ninguém. Sabiamos a medida certa a ser usada para quando a sobriedade do querer puro e repleto de vínculos imaginário que entrelaçava nossas mãos para ajudarmos um ao outro a levantar a se sentir seguro e confiante - alternadamente a dar-se um ao outro sem restrições - para depois, respirar satisfeito e continuar seguindo os dias, as horas, os meses...

 

O tempo, até chegarmos ao distanciamento um do outro pelo medo imbecil e bobo de se apaixonar de se mostrar de se permitir assumir um para o outro esse amor que tanto ignoram, que se machucam, que se distanciam até chegarem em momentos diferentes no tempo do outro.

 

Nesse instante um virou-se e começou a caminhar sem desejar ouvir o desejo do outro... Quando o outro, feriu o sentimento puro de saudade: registrando, fotografando e compartilhando momentos que para o outro. Pouco ou nada daquilo importasse um único "Obrigado por compartilhar comigo seu desejo de me querer perto (mesmo mergulhado em algum trauma infantil)

 

E a pergunta que me faço sempre é " Por que não nos deixamos?"

 

Monet Carmo
Enviado por Monet Carmo em 06/10/2023
Código do texto: T7902216
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