SANTARITALIDADE
Francisco de Paula Melo Aguiar
O que é presente já não é passado.
No passado recente, por exemplo, Santa Rita tinha funcionando e atendendo como podia com os recursos do mesmo SUS - Serviço Único de Saúde a população no Hospital Ceslau Gadelha (mantido pela associação Casa da Mãe Pobre), atualmente extinta ou de portas fechadas, cujo prédio encontra-se em ruínas na Avenida Anisio Pereira Borges; o Hospital Infantil Santa Rita (mantido pelo médico Antônio Cristóvão), atualmente extinto, cujo prédio foi vendido e em seu lugar foram construídos galpões onde funcionam lojas na Rua Siqueira Campos (ex-Estrada Real e atual PB 004); apenas o Hospital Governador Flávio Ribeiro Coutinho (mantido pela Fundação de igual nome) continua instalado e funcionando no "triângulo" que não é das bermudas entre o rio preto, Avenida Flávio Ribeiro Coutinho e a Rua Siqueira Campos (PB 004, ex-Estrada Real porque serviu de passagem de Dom Pedro II em 1859 quando por aqui passou com sua comitiva para visitar e inaugurar a Cadeia Pública na cidade de Pilar).
A cidade de Santa Rita tem 149. 914 habitantes, salvo melhor juízo segundo o último CENSO/IBGE/BRASIL, portanto, por si só justifica ser a terceira maior cidade paraibana em habitantes, em FPM e em ICMS (salvo alguns meses menor que Cabedelo), com aproximadamente 100 (cem mil) eleitores. E não é isso só, tem quatro grandes usinas da Paraíba em pleno funcionamento: São João; Agroval; Japungu e Miriri. Tem também um lençol freático de fazer inveja a gregos e troianos, tanto é assim que a água mineral que se bebe na Paraiba e Estados vizinhos, é proveniente das empresas aqui instaladas e exploram o setor.
Por outro lado, no horário noturno não funciona um só posto médico de pronto atendimento com múltiplas especialidades médicas, odontológicas, psicológicas, etc. Salvo o precário atendimento da única UPA instalada no bairro de Tibiri II, isso porque o Hospital Flávio Ribeiro não atende urgência médica desde sua fundação em 1963 a presente data. Tem também o Hospital Metropolitano Dom José Maria Pires, pertencente ao Governo do Estado, porém, não tem atendimento eletivo de baixa complexidade a população, sua burocracia é voltada para atendimento de alta complexidade médica e hospitalar.
E o pior de tudo é que Santa Rita há aproximadamente duas décadas não tem atendimento hospitalar as crianças e adolescentes santaritenses, isso é fato. A gestão pública municipal atual destruiu o prédio da antiga Secretaria Municipal de Saúde e a praça Flávio Ribeiro e no local botou uma placa dizendo que ali seria construído o "Hospital Infantil do Município", isso já se vão aproximadamente 8 (oito) longos anos, que foi usado tal projeto como "cavalo" de batalha política do prefeito para se eleger e se reeleger ele prefeito, sua esposa deputada estadual e seus parentes e apaniguados vereadores, porém, até o presente momento o "hospital infantojuvenil" santaritense não foi inaugurado e está com a obra parada esperando que chegue o período político eleitoral para dar continuidade o que é do povo e que o mesmo povo tem e não tem, porque tudo que é público é pago com o dinheiro do povo.
As crianças e adolescentes de Santa Rita, estão sendo atendidas nos hospitais de João Pessoa e outras cidades diante da inexistência do Hospital Infantil de Santa Rita. Todas crianças e adolescentes de Santa Rita estão entregues ao Deus dará.
Cadê o Hospital Infantil?