MAIS UMA VEZ... OS SONHOS !

MAIS UMA VEZ... OS SONHOS !

Escrevo às 2 horas da madrugada de domingo, último domingo de setembro... no próximo já será outubro e estarei fazendo 71 anos, quase 40 deles no Pará. Não se trata de insônia, velho dorme pouco, a sensação que se tem é a de que o corpo, o ser vivente, quer aproveitar (acordado) seus últimos momentos neste "vale de lágrimas". O fato é que durmo cedo, por volta das 21 horas e, sendo assim, neste momento terei dormido umas 4 horas e pouco, um tempo mais do que suficiente -- suponho -- para retemperar as forças e o espírito. Volto a dormir em breve, por mais hora e meia ou 2 horas.

Ao leitor ocasional ou para a curiosa leitora que me acompanhou até aqui -- imaginando que vou tratar de astros, Horóscopo ou Destino -- previno: o texto irá falar tão-somente de como o sonho se constrói dentro de nosso cérebro, não importa o tipo de sonho. Dizem alguns que Freud era um charlatão ou até um louco, ao definir o SONHO como trecho (ou traço) de nossos complexos ou frustrações, parte de uma PSIQUE deprimida, oprimida, desestruturada. Meu sonho de hoje nada tem de negativo, mostra bela cena de um filme cujo enredo se passa num amplo castelo, bem cuidado, iluminado pelo sol da manhã primaveril.

Estou nele (o filme) como espectador ou diretor, no alto de uma das torres, enquadrando o canto esquerdo da ala externa (nos fundos) do tal castelo... onde é, não faço idéia ! Há uma jovem toda de branco, num canto da calçadinha de seixos claros, Ana Paula Arósio, ainda bem jovem. Um soldado, fardado como aqueles mercenários franceses da Segunda Guerra se aproxima dela pela direita. num alazão formidável, porte magnífico. Desce da "maravilha", pega a moça pela cintura, enlaça-a e leva-a meio à força até o final da calçadinha. Assim que a põe no solo, ela o estapeia e segue sozinha pela calçada em L, vindo em direção à câmera.

O alazão segue atrás, ensinado, pára e anda conforme a moça o faz. No fim do tal "corredor" há uma estrada de ferro, que a jovem hesita em cruzar... o cavalo também !

FIM DO SONHO... onde nele se possa ver sinal de frustrações, de complexos, fuga da realidade ?! Tenho a impressão que os sonhos se assemelham a DESENHOS, o cérebro "artista" criando imagens enquanto a gente dorme. Nem sempre representariam a extemporização de pessimismo de cada espírito. Creio que foi aí que Freud falhou, ao esquecer que o ser humano é, por vezes, um ARTESÃO da imagem -- quase sempre muda, raramente há FALAS nos sonhos de cada um, é conclusão minha -- e a construção de CENAS, mesmo quando são pesadelos, não passam de diversão de nosso cerebelo, que deveria dormir, quando o restante do corpo o faz e teima em SE DIVERTIR.

Pronto, terminei o texto... agora, volto a dormir até as 6 da manhã ! Aos leitores que chegaram até aqui, um conselho: não se desesperem com pesadelos e nem vejam nos seus sonhos mais do que são, espécie de PASSATEMPO do cérebro, algo como "palavras cruzadas".

"NATO" AZEVEDO (em 24/set. 2023, 3hs)