AS HISTÓRIAS ENGRAÇADAS DO MEU TEMPO DE FUTEBOL DE PELADAS ! 1
Crônica de Valdir Rangel
LUÍS X O FACÃO
O ano era 1974, eu morava no bairro da Torre aqui em João Pessoa, e fui convidado, para jogar no time chamado Central, um time pobre sem estrutura alguma, só tinha duas bolas de couro, e dois padrões de camisas 👕; as chuteiras, eram poucas e já desgastadas pelo tempo. Quem podia comprava a sua chuteira, eu já trabalhava, comprei a minha.
O time tinha um dono chamado Luís, era um cidadão de aproximadamente 38 anos de idade, era um amante do futebol ⚽️, mas, aqui para nós; não tinha habilidade com a bola, era muito grosso, rsrsrs. Porém era esforçado, sua característica principal era ser um corredor 🏃♂️, poderia ter sido um campeão de 100 metros raso. Mas, estava determinado a ser um jogador de futebol, treinador, cartola e dirigente de futebol ⚽️.
Seu apelido era Luís BOI DE FOGO, se irritava com facilidade, era um cara folclórico rsrsrs... aos domingos pela manhã logo cedo, saia com a sua bicicleta, nas casas dos atletas, avisando que, tinha jogado à tarde.
Certa vez, acertou um jogo, num bairro próximo ao nosso, era o bairro do Varjão, hoje conhecido por Bairro do Rangel, era um campo esburacado, careca sem nenhuma pé de grama, a torcida ficava às margens e ficava pressionando, o time adversário.
Era o famoso alçapão rsrsrs...,
O árbitro era de lá, e fomos roubados, e perdemos por 1x0, o meu amigo Luís boi de fogo 🎇, foi ameaçado pela torcida, e quase a situação se complica; ainda houve um pega empurra, grande.
Mas, não teve jeito, perdemos o jogo.
Um detalhe o nosso transporte do time chamado de Central, de Luís boi 🐂 de fogo, era feito a pés, ou na carroceria de um caminhão 🚚 de feirantes, isso só quando havia recursos sobrando, o que era bem difícil acontecer rsrsrs...
Voltamos derrotados e tristes 😢, fomos humilhados em campo e na briga.
Uns quinze dias depois, Luís acertou a revanche para o nosso campo, que por ficar as margens da mata atlântica chamada também de mata de Buraquinho, pois lá havia muitos poço d'água, havia nas proximidades, uma tribo carnavalesca de índios, que desfilava no Carnaval de João Pessoa, que deu origem ao apelido do campo, de campo dos índios. Imaginem vocês, rsrsrs... e todos os sábados à tarde, havia uma jogo, chamado de a pelada dos índios.
E assim, chega o grande dia, do jogo revanche; entre o Central de Luís boi de fogo; e o time do Varjao, Luís chegou calmo, distribuiu as camisas conosco, e lógico vestiu a sua camisa de titular 👕 número 11, ele era, o nosso ponta esquerda, rsrsrs... E bola rolando, jogo difícil, empatado, zero a zero,
Quando aos quarenta e cinco minutos, do segundo tempo, num escanteio a nosso favor, o tempo já estava escurecido, este aqui, que vos narra, estes fatos, cabeceia a bola com a mão, e faz o gol, tipo Maradona fez um dia, numa copa mundial de futebol.
Somente quem viu o lance, foi o goleiro adversário, e a sua torcida, o juiz coitado, não percebeu, e naquele bate boca 👄, a torcida adversária, queria pegar o juiz, entraram em campo, foi quando descobriu-se, que Luís boi de fogo, estava bem preparado, arrastou do fundo do saco das roupas, um facão, rabo de galo, e gritou: hoje vocês não vão me botar, para correr, quero ver o corajoso, que vai me encarar rsrsrs.rs...
E para completar, o juiz, levantou a camisa; e exibiu uma grande peixeira; na sua cintura. O que obrigou o adversário bater em retirada.
Vencemos na bola e na briga. Luís lavou a sua alma, a sua vingança, se realizou, e nunca mais essas duas equipes, se encontraram nos gramados, dos campos de futebol, Rsrsrs...Rsrsrs...