SOBERBA ENDÓGENA

Desintencionado de esclarecer o título, posso afirmar que urubus e estrela solitária têm essa visível marca como etiquetas de um produto ou como o sinal da besta apocalíptica.

Andou aqui um certo Lamartine Babo, compositor de jingle e modinhas dos carnavais do início do século vinte mas, sua maior obra foi compor os hinos de quase todos os clubes do Rio de Janeiro, notadamente dos quatro maiores, com destaque negativo para o clube da Rua General Severiano, com a frase "não podes perder, perder pra ninguém" e o vizinho do hipódromo com "vencer, vencer, vencer". Em nenhum outro foi feita essa apologia a soberba, considerando a prática de esportes com vitórias, derrotas e, em alguns, empates. O vírus da soberba conduz o contaminado a uma visão destorcida de si mesmo, levando-o a acreditar ser melhor que os outros.

Lalá, era assim que o tratavam, não era soberbo mas, teria sido influenciado por soberbos, talvez diretores, para inserir tais frases soberbas, pululando mentes soberbas há mais de um século.