DESCEMOS A SERRA OUVINDO MÚSICA E SUBIMOS FAZENDO LAMENTAÇÕES!

Isto que aconteceu com o nosso grupinho de colegas de trabalho não foi nenhuma novidade. Só que não foi por falta de aviso. Em qualquer lugar ninguém está isento de ser assaltado, roubado etc. Ninguém será capaz de saber o que é pior destes dois casos. O primeiro tem o dilema do susto e do medo de ser alvejado por um meliante violento que nos ameaça levando nossos pertences; o segundo, por um descuido somos passados por trouxas antes de tudo. No nosso caso aconteceu este. O dono do carro, fez questão de estrear o som com um passeio ao litoral. Não éramos seis, como aquela novela, mas quatro. Conversa vai, bebida vem e o papo seguiu animado até chegar ao nosso paradeiro. Uma das inúmeras praias do litoral santista. Como trabalhávamos no período noturno, saímos logo após o nosso expediente: 6. 30 . A viagem transcorreu muito tranquila. Logo que chegamos, o nosso colega fez questão de deixar o som do seu carro ligado e no volume que chamava a atenção, o que foi o primeiro prenúncio para ser escolhido como vítima.

Ao perceber o interesse de um rapaz com ar de debochado e esquisito tentando dar uma de cicerone do local, indicando, por exemplo o local onde havia cachoeira etc. incontinenti, sentindo uma nítida desconfiança daquele papo, estimulei ao nosso grupo que nunca deveríamos deixar o carro só. Faríamos um rodízio. No começo até que funcionou. E assim como sentíamos estar sendo filmados por aquele mesmo cara do momento em que chegamos, até a bebida não surtir o efeito, conseguíamos vê-lo pela adjacência de maneira sempre disfarçada, pronto pra dar o bote. E foi realmente o que aconteceu. Quando a fome nos pegou, resolvemos ir a uma lanchonete do outro lado da avenida. Pensamos erroneamente: vamos os quatro, pois de lá dá pra ver o carro. Realmente, logo que viramos as costas, com a atenção toda voltada no trânsito, na hora de atravessar aquela avenida, mas como estávamos de costas, o esperto larápio num abrir-fechar de olhos fez a limpeza no carro do nosso colega, levando antes de qualquer outro objeto de valor, o valioso aparelho de som, cujas parcelas de pagamento estavam quase todas intactas: explico: sem pagar. Prejuízo maior e lamentado por todo o nosso incauto grupo, que por falta de aviso não foi, que o carro nunca deveria ficar só.

Em resumo: falta de sorte não foi e sim descuido total. Aquela tivemos durante o retorno, na subida da serra quando um dos pneus furou e ficamos um bom tempo à mercê de alguma pessoa que se prontificasse ajudar com pelo menos um simples macaco ou até bomba para encher o estepe, o que foi considerado sim, um outro descuido de um motorista de primeira viagem e não um marinheiro, apesar de estamos voltando de um grande mar perigoso ou não, dependendo da ousadia dos seus banhistas despreparados e desatentos.

JOBOSCAN
Enviado por JOBOSCAN em 28/09/2023
Código do texto: T7896346
Classificação de conteúdo: seguro