Coober Pedy

“Os extremos meteorológicos têm acontecido de forma global, incêndio e queimadas na Amazônia, incêndio nas Ilhas do Havai, incêndio nas Ilhas Gregas, e outros, tudo consequência do aquecimento global. De 2000 para cá, todos os anos temperaturas acima da média são verificadas no planeta. Quanto mais calor, os extremos acontecem, tanto os de seca quanto os de tempestade de areia e os vendavais e inundações. É o que estamos verificando no Brasil. Pode ser que a gente evolua para um quadro de ‘novo normal’ nessa característica de extremos mais frequentes e teremos de nos adaptar a essa nova realidade”. Não é, ainda, nenhuma previsão apocalíptica, baseada nas previsões de Nostradamus ou de algum outro profeta. Mas, o ser humano tem que se preocupar sim desde já e buscar criar uma solução desde cedo, enquanto há tempo, para o enfrentamento de um possível evento catastrófico climático desta natureza para a sua sobrevivência. A temperatura do planeta está subindo e em 2022, a temperatura média global já foi de 1,15°C acima da era pré-industrial. Mais calor: A previsão é que um dos próximos cinco anos seja o mais quente desde o início dos registros. El Niño: o fenômeno terá grande influência nesse processo e levará as temperaturas globais para "patamares desconhecidos". Neste fim de inverno, aqui em São Paulo, os termômetros chegaram bem próximo dos 40 graus. Uma pergunta bem simples de responder: se a temperatura em sua Cidade chegasse acima dos 52 graus você procuraria um lugar mais alto para morar ou procuraria formas de morar nos subsolos de sua Cidade? Coober Pedy não é exatamente um mundo invertido, mas é quase. E não é nenhum cenário de filmes no deserto, é sim uma realidade para mais de 3500 pessoas que já fogem do calor intenso do deserto. A cidade Coober Pedy, localizada na Austrália, é conhecida por ser a capital mundial da produção de opala. Além disso, a cidade carrega uma curiosidade: a maioria das casas, comércios e igrejas são subterrâneas. Os moradores migraram suas casas para baixo da terra para fugir do calor do deserto. Cerca de 3.500 pessoas moram na cidade atualmente, em casas enterradas entre 2 e 6 metros de profundidade. Algumas casas são escavadas nas rochas, no nível do solo. Acima da terra, a temperatura beira os 51ºC, na sombra. Abaixo dela, é possível atingir 24ºC.

 

 

 

 

 

Benedito José Rodrigues
Enviado por Benedito José Rodrigues em 26/09/2023
Reeditado em 26/09/2023
Código do texto: T7894695
Classificação de conteúdo: seguro