Dizem que querem economia de mercado

As montadoras de veículos automotores no Brasil, como praticamente toda a classe empresaria tupiniquim, gosta de defender a tal "economia de mercado", repetindo o blá-blá-blá do século XVII de Adam Smith, de que o mercado se regula sozinho sem a interferência do Estado. Repetem, mesmo sabendo que a teoria de Smith não tem sustentação para se firmar (a história já provou que não dá certo), para enganar os pseudo-economistas dos cursos on line e à distância (gostam de ouvir o "economista" Paulo Guedes e o "filósofo" Olavo de Carvalho), que retransmitem, com ares de soberba e falsa cultura, a mentira para a população em geral.

As montadoras chinesas conseguem fazer com que seus carros elétricos (fabricados em seu distante país) cheguem mais baratos aqui do que os das montadoras europeias, japonesas e estadunidenses (não me venham com a lenga-lenga de mão de obra barata chinesa, porque a hora trabalhada na China é mais cara que a brasileira, manganão!). O que querem as montadoras? Reavaliarem suas políticas de preços, de custos e de lucros? Jamais diminuir lucros. Então, qual a proposta? Sobretaxar os veículos chineses.

É sempre assim! O neoliberalismo de araque brasileiro é uma mentira do tamanho do mundo. Só não vê quem não quer! Querem mamar nas tetas do Estado (do agronegócio até as grandes indústrias instaladas no solo brasileiro, com seus financiamentos subsidiados com dinheiro público, com as isenções e incentivos tributários).