Medo

A palavra medo nos remete a uma imensidão de fatores e situações pelas quais não queremos passar.

Também se refere ao receio ou à apreensão que alguém tem de que venha a acontecer algo contrário àquilo que pretende.

O medo é uma emoção que se caracteriza por um intenso sentimento habitualmente desagradável, provocado pela percepção de um perigo - seja ele presente ou futuro, real ou suposto -.

O medo é uma das emoções primárias que resulta da aversão natural à ameaça, presente tanto nos animais como nos seres humanos.

Temer, ou ter medo, do ponto de vista da psicologia, é um estado afetivo e emocional necessário para o organismo se adaptar ao meio.

Esse sentimento é o responsável pelo alerta a ser dado ao organismo para parar e prestar atenção ao meio, ao que está acontecendo a seu redor, frear reações e ações que possam ser prejudiciais.

O medo é um fármaco e como todo antídoto pode se tornar um veneno se não for bem ministrado, pois possui poder anestésico capaz de paralisar os sentidos e as ações, não permitindo a tomada de decisão quando essa se faz necessária, afundando quem o sente no desespero e no sentimento de incapacidade de sair da situação.

O medo paralisante nos impede de enxergar o que por vezes está diante de nossos olhos e nos faz pensar ser o problema maior do que realmente é. Em grande parte das vezes os problemas são piores na nossa mente, os pintamos dessa forma por medo do que não conhecemos.

Sentimos medo do que já vivemos e não queremos mais e do que não vivemos e não sabemos do que é capaz.

O medo do que nos machucou nos impede de viver novos momentos por acreditarmos que a ferida fechada, se aberta não mais se estancará e seremos feridos de morte, ninguém quer morrer, ainda mais morrer de algo que poderíamos ter evitado, o medo nesse caso é justificado.

O medo do desconhecido nos impede de conhecer efetivamente, sair do nosso mundo para a imensidão do universo é algo assustador e não saber nos mantém no paraíso que criamos para viver, sem ele seria como um salto de um penhasco, sem cordas ou um rio abaixo, um tiro no escuro que pode reverberar em algo e ricochetear de volta ao meu peito aberto.

Só de imaginar uma ou outra situação já da medo, mas o que é a vida senão nos permitir nos machucar e machucar o outro em busca do aprendizado? Ninguém sabe viver, nem mesmo aquele que muito viveu.

O que se sabe é que somente correndo o risco de ferir e ser ferido, conhecer e ser conhecido, tocar e ser tocado se pode viver verdadeiramente e é no desconhecido que conseguimos aprender que o que conhecemos não é uma milésima fração do que a vida pode nos oferecer.