Ontem pela manhã, andando minhas milhas para fazer meu exercício diário, deparei-me com esses móveis no lixo, na frente de uma casa do meu bairro.

 

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Quando mudei para cá, não conseguia acreditar ao olhar o lixo do americano. Isso, não contando as TVs, geladeiras, vídeos cassetes e todo tipo de aparelho doméstico. Ha um dia na semana em que o lixeiro passa somente para pegar esse tipo de lixo.

Aquele móvel do lado direito tem uma gaveta que precisa ser consertada, o que no Brasil, poderia ser feito rapidamente; o da esquerda está perfeito! Aqui, se procurarmos uma pessoa para consertar, fica mais caro que o preço do móvel novo.

 

Lembro-me que quando minha filha bateu o carro pela primeira vez ele foi considerado “totaled”. Isso significa que o custo de reparar os danos causados por um acidente é maior que o valor do veículo antes do acidente, a seguradora pode declarar o carro como perda total e ele tem que ser vendido para o ferro velho. Se a pessoa resolver consertar o carro, recebe um título de “salvamento” que significa que esse carro não é seguro para dirigir (e, claro,  nenhuma empresa de seguro o aceita; como aqui o seguro  é obrigatório conclui-se que o carro não pode mais ser usado).

Claro que o carro da minha filha poderia ser consertado e seguramente ela poderia dirigi-lo! Lembrei com saudade do Zeca mecânico do Brasil, que fazia milagres em nossos carros! O Zeca consertaria aquele carro em um ou dois dias e ficaria perfeito!

 

O americano é um consumista de primeira categoria e a diferenca entre esses dois mundos é inacreditável. Ninguém consegue bater a criatividade do brasileiro.

Mary Fioratti
Enviado por Mary Fioratti em 24/09/2023
Reeditado em 26/09/2023
Código do texto: T7893006
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