O mundo pós-pandemia de Covid-19 saiu de um crescimento de 2,5% em 2019, para uma recessão mundial de 3,5% em 2020, e mesmo as economias mais avançadas caíram em torno de oito por cento e, as economias emergentes em torno de dois por cento. Nem mesmo a China escapou da recessão econômica. O Brasil não escapou da recessão econômica que fora, particularmente, agravada em razão de um governo negacionista que chamava a doença de "gripezinha" e, ainda recomendava a cloroquina como remédio milagroso. Não obstante, os cientistas mais balizados negarem sua eficácia. Andando por aí, pela cidade do Rio de Janeiro é espantoso ver o número crescentes de lojas fechadas e, muitas empresas solicitando recuperação judicial e, até mesmo falência. Até nos shoppings somos capazes de identificar muitas lojas fechadas e, um esvaziamento do poder de consumo. Como novo governo federal, longe do antigo negacionismo e da extrema-direita xiita, há bafejos de que haverá alguma melhora. O Banco Mundial informa no seu último relatório que cerca de noventa por cento dos países do mundo tivera franca contração do PIB (Produto Interno Bruto) em 2020. Essa recessão econômica fora pior do que a ocorrida em 1931, no auge da Grande Depressão, quando cerca de 83% dos países sofreram franca quedas em suas economias. A pandemia provou desequilíbrios na oferta que ainda não foram solucionados. Há gargalos na entrega de insumos e, a onda de desemprego atingiu as alturas mais cruéis. Cerca de setenta milhões de pessoas entraram para a extrema pobreza em 2020 e, a tendência avançou até o presente ano de 2023. Andando por aí, observei estarrecida que aumentou o número de pessoas em situação de rua, e vi uma criança de uns seis anos dormindo debaixo de uma marquise no Centro da cidade, quando então perdi meu casaco. Sai em seguida, sofrendo em perceber a invisibilidade daquelas pessoas, e a falta de políticas públicas adequadas para resgatá-los ou, pelo menos, respeitar sua dignidade humana. Até mesmo, as expectativas mais otimistas não acreditam que haverá a total recuperação dos empregos que foram perdidos, e sim, apenas um percentual, em torno de quarenta por cento, apenas. O cenário tão preocupante faz com que andar por aí, seja se deparar, inexoravelmente, com a miséria invisível...