Quinta-feira, 23 horas.
No crepúsculo de uma noite de quinta-feira, quando o mundo está silencioso e as estrelas acendem, encontro-me perdido nas profundezas do tempo.
Quando o relógio marca vinte e três horas, um ritmo sublime se faz. Quinta-feira, dia de reflexão, de orações não ditas.
À medida que o dia diminui e a escuridão cai, vagueio pelas memórias, dentro destas paredes. Às vinte e três o mundo parece dormir, o luar dança nos segredos que guardará, sussurros do passado se entrelaçam no ar enquanto sou transportado para um mundo raro. Dentro do silêncio, as histórias ganham vida, pintado na tela onde sonhos prosperam. Imagens de amor, de alegria, de desespero... Momentos congelados no tempo, suspensos no ar.
Noite mística, uma tapeçaria de emoções, tão bem tecida, ao seu alcance, sou apenas um recipiente. Viajar no tempo, provar e lutar.
O relógio avança à medida que os minutos passam, no entanto, o vento faz o tempo balançar na profundidade da escuridão, segura a chave para desbloquear os reinos das possibilidades á medida que a noite se aprofunda e a hora fica tarde. Sussurra um destino tentador, a cada segundo que passa fico encantado ela magia que tece, pelas histórias relembradas e quando o relógio bater o abraço da meia-noite, quinta-feira, você desaparece sem deixar rastros, mas as memórias permanecem, como uma rima sussurrada.
Quinta-feira, 23 horas, no tempo congeladas.