O dia triste de um pescador
No meio da lagoa desliga o bote como faz calor e o sol escaldante de uma tarde de verão, busca o sombreiro e aproveita beber aquela água geladinha mas sempre de olho no comportamento das varas a espera do fisgado. No balanço do barco as pequenas ondas que quebram nas laterais faz sonhar acordado. Lembra com saudade o último dia que o velho esteve ali, já homem formado ao ver aquele senhor de pele queimada, debilitado pelo tratamento que o deixou careca, mas manejava o molinete como ninguém, naquele instante o velho senhor parecia um menino pescando pela primeira vez. Mesmo passando por turbulência feroz de saúde, sabia que o fim da linha era questão de tempo não entregava a “rapadura”. Hoje as águas podem não ser a mesma, mas quando se misturam com as suas lágrimas, percebe que respeitosamente elas se movem como dizendo: “Nos estamos tristes também pescador!!!!!!