Primeiras Emoções
NADA é mais verdadeiro do que os sentimentos, inclusive os arroubos, da juventude, naquele momento que os adolescentes despertam para fazer as suas opções, escolhas, decisões, tanto no que tange ás ideias como no amor. A adolescência lapida o que se aprendeu na infância, forja o caráter do futuro cidadão.
É verdade que toda cabeça é um mundo. Sim, porque o ser humano não é um robô. Ele pensa, raciocina, escolhe e, acima de tudo, possui emoções. Não se pode esconder que o correr da vida modifica as pessoas, há até os que renunciam ao caráter e aos ideais, mas estes serão sempre recalcados e incompletos, sabem que traíram a si proprios.
Por outro lado, ninguém esquece suas raízes, só se for um apátrida. Como esquecer o lugar das nossas primeiras emoções, arroubos, folguedos, amores…? O sentimento de pátria nasce e se consolida no lugar que vivemos os verdes anos.
Às vezes, por motivos incontornáveis, saímos da terrinha, mas nunca esquecemos nossa patriazinha. Nunca. É o meu caso é por isso sempre lembro um trecho de um escrito de Luiz Cristóvão dos Santos (pesqueirense);
“Na verdade ninguém esquece os caminhos da infância. O pequeno país que ficou sepultado na bruma. Todo homem guarda no coração a mensagem que lhe entrou pelos olhos, mal-abertos para os mistérios da vida. O importante, porém, é reconquistar a paisagem perdida. Encontrar novamente, os velhos caminhos. E por eles andar de alma alegre, vendo desfilar o Rosário das emoções ressuscitadas”.
Saudade do passado. William Porto. Inté.