Encontros e desencontros
Os encontros e desencontros que a vida nos oferece trazem encantos, desencantos, amores, desamores, contentamentos, decepções, todos com os ensinamentos peculiares de cada sentimento. Traduzem a aptidão do ser humano para sentir, sua disposição para se comover, impressionar, perceber e apreciar algo, sua sensibilidade diante do que lhe é apresentado.
Após passarmos por um rompimento, perda ou grande decepção, imaginamos que o mundo não tenha mais sentido, que aquele sentimento vai nos corroer e nos sugar até a última gota de vitalidade.
Quando estamos envoltos a essa explosão de sensações, nossos sentidos intensificam tudo ao redor, as pessoas parecem não nos compreender e por vezes não compreendem mesmo.
Somente quem sente sabe o que sente, nos mantemos inertes diante da vida que não para. O romper de um vínculo destrói as perspectivas criadas.
Para onde iremos?
O que faremos?
A cada encontro e desencontro que passamos nos fortalecemos e se a vida não para, só nos resta seguir em frente, seguir em busca de viver outros e outros momentos.
Podemos demorar a encarar dessa forma.
A necessidade humana de manter vínculos tende a bloquear a visão de novos acontecimentos, mas essa mesma necessidade humana nos movimenta a criar novos vínculos, buscar novas emoções, deixar no passado um vínculo perdido e abrir espaço para o que ainda está por vir.
Como seres humanos, sempre almejamos sentir apenas boas vibrações, mas tais vibrações só podem ser plenamente apreciadas por aqueles que se dispuseram a sentir o que de pior pode lhe ser oferecido pela vida.
Esses sentimentos refletem o fato de ter se permitido viver, se entregar, confiar, isso por vezes nos machucará, mas também nos ensinará que tudo é momento e o momento é para ser vivido intensamente, seja ele bom ou ruim, pois, de cada situação vivenciada o que resta é o que aprendemos com ela.