Guardiã de memórias

As mãos que a plantaram, nem sequer sonhavam na poesia que seria a bela castanheira 18.

Cresceu formosa, formou belos galhos, muitas castanhas, que as crianças pocavam com pedras vermelhas para comer e também brincavam de guerras de caroços.

A bela castanheira 18 formosa, formou uma bela e aconchegante sombra e uma estatura de perder os olhos. Ah se ela tivesse ouvidos e boca, quantas histórias contadas embaixo de suas sombras, quantos papos, reflexões, murmúrios, discursos políticos e ruminações de reflexões da Bíblia após as celebrações. Os bancos construídos em suas sombras, sempre foram lugares de aconchego, onde todos se sentam e colocam as prosas em dia, mas com o passar dos anos, espaços foram ficando vazios e vozes silenciadas. Companheiros que sentavam embaixo dela, como seu Salvador Moura, Carlin, Lula, Euzébio, Paulin e tantos outros que ali já estiveram partilhando, hoje já se foram para um outro plano espiritual, mais olhar com o coração para a castanheira 18 é ver cenas corriqueiras de momentos que parecem passar despercebidos, mais para o entendedores são pequenos acontecimentos diários que tornam a vida um belo espetáculo.

E assim, passam-se gerações e gerações e a bela castanheira se mantém viva, deixando as marcas dos tempos que se vão de forma repentina.

A castanheira 18 exuberante virou mais que uma bela árvore, se tornou poesia para os olhos, se transformou em lugar de encontros e despedidas, guardiã de memória, parte da nossa história , lugar de saudades.17/09/2023

Joilson Nascimento Junior
Enviado por Joilson Nascimento Junior em 18/09/2023
Reeditado em 18/09/2023
Código do texto: T7888431
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