Forró

Saí empanturrado de arroz e feijão do restaurante. Em frente estava tendo aula de forró. Até aí nada de anormal, e na realidade em nenhum momento desse texto acontecerá algo de anormal.

Enquanto ia embora olhei pelo vidro e percebi um fragmento sublime de felicidade alheia: o condutor puxa a conduzida e no final da música ela abre o mais sincero sorriso, com toda a felicidade e sem jeito.

Simples, mas achei maravilhoso. Como seria receber um sorriso apaixonado? Faz tempo que não vivencio isso. Será que dançar preenche o vazio? Não sei, mas segui empanturrado de arroz e feijão pelo caminho de tijolos.

Otacílio de Almeida
Enviado por Otacílio de Almeida em 17/09/2023
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