Forró
Saí empanturrado de arroz e feijão do restaurante. Em frente estava tendo aula de forró. Até aí nada de anormal, e na realidade em nenhum momento desse texto acontecerá algo de anormal.
Enquanto ia embora olhei pelo vidro e percebi um fragmento sublime de felicidade alheia: o condutor puxa a conduzida e no final da música ela abre o mais sincero sorriso, com toda a felicidade e sem jeito.
Simples, mas achei maravilhoso. Como seria receber um sorriso apaixonado? Faz tempo que não vivencio isso. Será que dançar preenche o vazio? Não sei, mas segui empanturrado de arroz e feijão pelo caminho de tijolos.