Pela Dor
Algumas pessoas aprendem pelo amor. Esse é um bom tipo de pessoa para ser.
Algumas pessoas aprendem pela dor. Esse é meu tipo de pessoa.
Eu precisei ser negada e colocada para baixo diversas vezes para entender que para o meu pai, o mundo gira em torno do umbigo dele.
Eu precisei ser a segunda opção, ser abandonada, ser segunda opção de novo e abandonada de novo para entender que certas dinâmicas de amizade não servem mais.
Eu precisei ouvir dia após dia reclamações sobre meu estilo ou meu jeito de ser de uma família tão padrão quanto pão com manteiga para entender que nada daquilo era verdade.
Eu precisei dar murro em ponta de faca para entender que não existe justiça em quase nada hoje em dia.
Eu precisei me jogar aos leões para aprender a me defender sozinha.
Eu não me acho melhor por ser assim. Na verdade, eu queria muito aprender as coisas do jeito mais fácil. Mas eu não aceito as coisas como são e isso dificulta todo o resto.
A gente encontra força tanto no sofrimento quanto na alegria. O problema da primeira opção é que além de demorar mais, você cria uma força que pode destruir tudo ao redor. A parte boa é que quem fica, fica porque sabe que vale a pena.