O que séria de mim ?
Compreendo a melancolia que envolve cada pensamento e as inúmeras perguntas sem respostas que habitam meu ser. É um peso constante, um fardo emocional que carrego diariamente. Não é simplesmente um desabafo ocasional, é um eco interno que me atormenta.
Toda manhã, eu o encaro, encaro aquele olhar no espelho, um olhar que parece familiar, mas muitas vezes se torna estranho e distante. Quem é aquele que me encara de volta? Às vezes, é como se eu estivesse em um confronto com ele, como se estivesse tentando entender as escolhas que o trouxeram até aqui.
A culpa é uma sombra que nunca me deixa, uma companheira fiel nos momentos mais sombrios. Revivo cenas do passado, arrependimentos amargos, palavras não ditas e escolhas que agora me assombram. O que poderia ter sido se eu tivesse feito diferente? A resposta permanece inalcançável.
Às vezes, me pergunto se sou merecedor do amor e carinho daqueles que estão ao meu redor. Suas piadas, os seus rancores, suas mágoas, todos eles pesam sobre mim, e eu me pergunto se algum dia serei digno de algo mais. Por que... Ou melhor, Para que essas interações complexas? Para que esses sentimentos confusos? Para que ?
E, no entanto, há momentos de paz e clareza. Eles são raros, difíceis, mas são como faróis na escuridão. São esses momentos que me mantêm seguindo em frente. Eles são a razão pela qual continuo a encarar o desconhecido, mesmo quando não tenho todas as respostas.
A verdade é que a jornada se trata de uma busca constante. Às vezes, é melancólica, repleta de perguntas sem respostas, arrependimentos e auto reflexões. Mas é a jornada que nos molda, que nos faz crescer e nos leva a novos horizontes.
Então, o que seria de mim? A resposta permanece incerta, mas estou disposto a continuar explorando, a continuar enfrentando o espelho e a enfrentar o desconhecido. Porque, no final das contas, a busca por respostas é uma parte intrínseca do que somos.