ANJOS DA GUARDA EXISTEM E HABITAM EM JERUSALÉM

 

De seus primeiros raios até o raiar do dia

A avistar nas colinas da santa cidade seu singular sol

De cada dia a nela escrever a “esperada Esperança”

E entre noturnas sombras até a alvorada d’outro dia

A se ter [nela] o mesmo sentimento

E quem a guarda que não seriam seus anjos?

Ou não seria “racional” acreditar ... em anjos?

 

 

Oh! “porque aos seus anjos dará ordem a teu respeito,

 para te guardarem em todos os teus caminhos” (Salmo 91:11)

Mas, há quem venha a duvidar da existência dos anjos

Talvez, por deixar-se que faz somente pelo seus olhos veem

E, destarte, não acreditam [em nada] do que não pode ser visto

 

 

Existiriam os anjos somente porque neles acreditamos

(como assim afirmava a grande Clarice Lispector)

ou os anjos existem ainda que não [neles] acreditássemos?

Sim, há quem diga que a “realidade” existe quando, então,

nela se pensa

“Não sabeis vós que havemos de julgar os anjos?” (1 Coríntios 6:3)

 

 

À noite a cair sobr’ela um orvalho celeste

Bem como celestial era [também] o aroma naquel’espaço

Onde o natural e o sobrenatural em comum acordo se faziam

Definitivamente era uma atmosfera totalmente diferente

Comparando-se a outras a qu’então conhecia

 

 

“Os anjos não são, todos eles, espíritos ministradores enviados

para servir aqueles que hão de herdar a salvação? (Hebreus 1:14)

Oh! Mas quem disse que seriam – os anjos – somente espíritos?

Não haveria anjos “de carne e osso”?

“Porque os saduceus dizem que não há ressurreição, nem anjo,

nem espírito;

mas os fariseus reconhecem uma e outra coisa” (Atos 23:8)

 

 

E caminho, então durante o dia pelas lendárias e tumultuadas ruas

de Jerusalém

Nesta cidade mística e literalmente guardada e vigiada ... por anjos

Formosuras celestiais ao qu’eu diria

E eu as via

Ou melhor, com suas imagens e formas em tal grua me deliciava

Ao qu’eu me sentia como a estar ... no “sétimo céu”

 

 

É verdade

O céu existe

E nele habitam anjos ... de verdade

Anjos visíveis

Belíssimas “divindades”

E, apesar de caminhar [naquel’hora] à céu aberto, sentia-me já a estar

justamente nele: no céu

Sim, ao qu’elevado ao já estava nele

Totalmente arrebatado

 

 

E não era para menos

Onde dominado estava pela angelical visão à minha frente

Anjos da guarda, não havia dúvida

A protegerem aquela cidade

 

 

E então, seriam os anjos seres perfeitos e agraciados

com maravilhosa beleza?

Bem, assim a Teologia nos ensina

E deste modo acreditamos

 

 

Todavia, eu não imaginava que seria também em função

d’uma “beleza sedutora”

A esculpir naqueles seres onde n’outros suas formas enganam

E, portanto, aos nossos olhos ludibriam

Nas imagens terrenas e temporais qu’encantam

Mas, que [com o tempo] desencantam 

E somente nos tentam ...

“Isso não é de admirar, pois o próprio Satanás se disfarça

em anjo de luz (2 Coríntios 11:14)

 

 

Ai! Como é difícil prosseguir neste mundo

E chegar até o final da corrida

Sem que nada aos olhos se alegre

“Em toda a aflição do seu povo ele também se afligiu

E o anjo da sua presença o salvou” (Isaias 63:9)

 

 

E prosseguindo vou pelas vielas de Jerusalém

E em cada canto se percebia aqueles lindos anjos

Na verdade, sob a forma feminina

Ainda que é dito que anjos não têm sexo

A ser um substantivo d’um gênero para indicar tanto um

quanto o outro: masculino e feminino

E, ainda qu’eu percebesse feminina imagens, eu não posso usar

o nome “anjas” (já que é gramaticalmente errado)

Mas a verdade é que eram ... “absurdamente” lindas

 

 

Não sei se a percepção da beleza é devida a um estado d’espírito

No que, caso for, dependeria da condição do pensamento

Realmente não sei

Embora no tempo muito do que vimos [e que nos encanta]

não passa de superficiais cosméticos

 

 

E assim, no que muitos veem e se deliciam, não seja

a “verdadeira beleza”

E quem [aqui] poderia ver ... “verdadeira beleza”?

“Bendizei ao Senhor, anjos seus, magníficos em poder,

que cumprais as suas ordens, obedecendo à voz de Sua Palavra” (Salmo 103:20)

 

 

Ou será qu’em função do turbilhão de desejos [a que temos],

avistamos “belezas” pela “necessidade” que por elas temos

Sim, ninguém conseguiria prosseguir [aqui] no exílio se víssemos

somente o que é feio e [aos olhos] desagradável

 

 

E que beleza neste mundo alguém encontraria a que co’ela

se contentaria no que para mais nada seus olhos querer veriam?

Sim, uma “beleza maior” a que ant’ela se assombrar estaria?

 

 

Mas grande verdade é também que nossos olhos muito nos traem

Considerando que [no tempo] nos desiludimos

Como a quem co’algum canto s’encantou por sua melodia

Mas, sei lá porquê, um dia se desencantou no que antes tanto curtia

 

 

Certamente não existe uma definição lógica par’ela

Já que a “Lógica” mora na razão

E a beleza reside mais ... na emoção

Isto é, nos sentidos

 

 

“O anjo do Senhor acampa-se ao redor dos que o teme, e os livra” (Salmo 34:7)

E seria o que à visão nos embriaga objetiva

no que real em su’essência seria ou, na verdade, subjetiva

pelo que criado o foi por nossa [miserável] mente?

 

 

Sim, quando “encantados estamos” achamos ser também verdadeiro

o que deliciam nossos olhos

E o admiramos [mais que tudo]

E até o endeusamos

E a este “nosso deus” cada qual aprisiona su’alma

A fazer deste seu psicológico estado a sua realidade

 

 

Uma legião de anjos guardiães a qu’estão em toda parte em Jerusalém

E visto que são tão belas, impossível não admirá-las

E no que nos arrebatam levam-nos para bem longe deste mundo

E nos atraem par’elas [em suas figuras]

E nos enlevam, e nos extasiam ...

E nos transportam [os sentidos] ... para o céu

 

 

“De repente, uma grande multidão do exército celestial apareceu

com o anjo, louvando a D’us e dizendo:

‘Glória a D’us nas alturas e paz na terra aos homens de boa vontade’”

(Lucas 2:13-14)

 

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Anjos!

Seriam seres celestiais a habitarem no céu e na terra?

E quanto a nós, seríamos “anjos caídos”?

E haverá um dia em que seremos como eles ... em graça e beleza?

 

 

Carlos Renoir

Rio de Janeiro, 04 de setembro de 2023

 

IMAGENS: Fotos anexadas em redes sociais em viagem de turismo a Israel e uma da atriz Gal Gadot-Varsano (a "Mulher Maravilha") no período em que prestou o serviço militar em Israel. E todas as fotos são de mulheres que estavam (em seu tempo) prestando serviço militar (a se saber que em Israel é obrigatório, mesmo para as mulheres).

 

MÚSICAS:

Israeli soldiers sing Hallelujah by Leonard Cohen - חיילי צהל שרים הללויה

https://www.youtube.com/watch?v=3KDP0FH-65U

 

ירושלים של זהב

https://www.youtube.com/watch?v=O5mCq1NCGrE

 

Hino Nacional de Israel - Bela Versão (HD)

https://www.youtube.com/watch?v=lMwSlp7I7IQ

 

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FORMATAÇÃO SEM AS ILUSTRAÇÕES

 

ANJOS DA GUARDA EXISTEM E HABITAM EM JERUSALÉM

 

De seus primeiros raios até o raiar do dia

A avistar nas colinas da santa cidade seu singular sol

De cada dia a nela escrever a “esperada Esperança”

E entre noturnas sombras até a alvorada d’outro dia

A se ter [nela] o mesmo sentimento

E quem a guarda que não seriam seus anjos?

Ou não seria “racional” acreditar ... em anjos?

 

Oh! “porque aos seus anjos dará ordem a teu respeito,

 para te guardarem em todos os teus caminhos” (Salmo 91:11)

Mas, há quem venha a duvidar da existência dos anjos

Talvez, por deixar-se que faz somente pelo seus olhos veem

E, destarte, não acreditam [em nada] do que não pode ser visto

 

Existiriam os anjos somente porque neles acreditamos

(como assim afirmava a grande Clarice Lispector)

ou os anjos existem ainda que não [neles] acreditássemos?

Sim, há quem diga que a “realidade” existe quando, então,

nela se pensa

“Não sabeis vós que havemos de julgar os anjos?” (1 Coríntios 6:3)

 

À noite a cair sobr’ela um orvalho celeste

Bem como celestial era [também] o aroma naquel’espaço

Onde o natural e o sobrenatural em comum acordo se faziam

Definitivamente era uma atmosfera totalmente diferente

Comparando-se a outras a qu’então conhecia

 

 

“Os anjos não são, todos eles, espíritos ministradores enviados

para servir aqueles que hão de herdar a salvação? (Hebreus 1:14)

Oh! Mas quem disse que seriam – os anjos – somente espíritos?

Não haveria anjos “de carne e osso”?

“Porque os saduceus dizem que não há ressurreição, nem anjo,

nem espírito;

mas os fariseus reconhecem uma e outra coisa” (Atos 23:8)

 

E caminho, então durante o dia pelas lendárias e tumultuadas ruas

de Jerusalém

Nesta cidade mística e literalmente guardada e vigiada ... por anjos

Formosuras celestiais ao qu’eu diria

E eu as via

Ou melhor, com suas imagens e formas em tal grua me deliciava

Ao qu’eu me sentia como a estar ... no “sétimo céu”

 

É verdade

O céu existe

E nele habitam anjos ... de verdade

Anjos visíveis

Belíssimas “divindades”

E, apesar de caminhar [naquel’hora] à céu aberto, sentia-me já a estar

justamente nele: no céu

Sim, ao qu’elevado ao já estava nele

Totalmente arrebatado

 

E não era para menos

Onde dominado estava pela angelical visão à minha frente

Anjos da guarda, não havia dúvida

A protegerem aquela cidade

 

E então, seriam os anjos seres perfeitos e agraciados

com maravilhosa beleza?

Bem, assim a Teologia nos ensina

E deste modo acreditamos

 

Todavia, eu não imaginava que seria também em função

d’uma “beleza sedutora”

A esculpir naqueles seres onde n’outros suas formas enganam

E, portanto, aos nossos olhos ludibriam

Nas imagens terrenas e temporais qu’encantam

Mas, que [com o tempo] desencantam 

E somente nos tentam ...

“Isso não é de admirar, pois o próprio Satanás se disfarça

em anjo de luz (2 Coríntios 11:14)

 

Ai! Como é difícil prosseguir neste mundo

E chegar até o final da corrida

Sem que nada aos olhos se alegre

“Em toda a aflição do seu povo ele também se afligiu

E o anjo da sua presença o salvou” (Isaias 63:9)

 

E prosseguindo vou pelas vielas de Jerusalém

E em cada canto se percebia aqueles lindos anjos

Na verdade, sob a forma feminina

Ainda que é dito que anjos não têm sexo

A ser um substantivo d’um gênero para indicar tanto um

quanto o outro: masculino e feminino

E, ainda qu’eu percebesse feminina imagens, eu não posso usar

o nome “anjas” (já que é gramaticalmente errado)

Mas a verdade é que eram ... “absurdamente” lindas

 

Não sei se a percepção da beleza é devida a um estado d’espírito

No que, caso for, dependeria da condição do pensamento

Realmente não sei

Embora no tempo muito do que vimos [e que nos encanta]

não passa de superficiais cosméticos

E assim, no que muitos veem e se deliciam, não seja

a “verdadeira beleza”

E quem [aqui] poderia ver ... “verdadeira beleza”?

“Bendizei ao Senhor, anjos seus, magníficos em poder,

que cumprais as suas ordens, obedecendo à voz de Sua Palavra” (Salmo 103:20)

 

Ou será qu’em função do turbilhão de desejos [a que temos],

avistamos “belezas” pela “necessidade” que por elas temos

Sim, ninguém conseguiria prosseguir [aqui] no exílio se víssemos

somente o que é feio e [aos olhos] desagradável

 

E que beleza neste mundo alguém encontraria a que co’ela

se contentaria no que para mais nada seus olhos querer veriam?

Sim, uma “beleza maior” a que ant’ela se assombrar estaria?

Mas grande verdade é também que nossos olhos muito nos traem

Considerando que [no tempo] nos desiludimos

Como a quem co’algum canto s’encantou por sua melodia

Mas, sei lá porquê, um dia se desencantou no que antes tanto curtia

 

Certamente não existe uma definição lógica par’ela

Já que a “Lógica” mora na razão

E a beleza reside mais ... na emoção

Isto é, nos sentidos

 

“O anjo do Senhor acampa-se ao redor dos que o teme, e os livra” (Salmo 34:7)

E seria o que à visão nos embriaga objetiva

no que real em su’essência seria ou, na verdade, subjetiva

pelo que criado o foi por nossa [miserável] mente?

 

Sim, quando “encantados estamos” achamos ser também verdadeiro

o que deliciam nossos olhos

E o admiramos [mais que tudo]

E até o endeusamos

E a este “nosso deus” cada qual aprisiona su’alma

A fazer deste seu psicológico estado a sua realidade

 

Uma legião de anjos guardiães a qu’estão em toda parte em Jerusalém

E visto que são tão belas, impossível não admirá-las

E no que nos arrebatam levam-nos para bem longe deste mundo

E nos atraem par’elas [em suas figuras]

E nos enlevam, e nos extasiam ...

E nos transportam [os sentidos] ... para o céu

 

“De repente, uma grande multidão do exército celestial apareceu

com o anjo, louvando a D’us e dizendo:

‘Glória a D’us nas alturas e paz na terra aos homens de boa vontade’”

(Lucas 2:13-14)

 

Anjos!

Seriam seres celestiais a habitarem no céu e na terra?

E quanto a nós, seríamos “anjos caídos”?

E haverá um dia em que seremos como eles ... em graça e beleza?

 

Carlos Renoir

Rio de Janeiro, 04 de setembro de 2023

O Pincel e a Paleta
Enviado por O Pincel e a Paleta em 05/09/2023
Reeditado em 05/09/2023
Código do texto: T7878440
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