Tchupisco enquanto gênero literário.
É preferível ser surdo a ouvir determinados absurdos? Ou cego, a fim de não vê-los? Definitivamente sim!
Dom Pedro II assinou a Lei áurea com sua caneta de ouro, a qual ganhou do pai quando fez 18 aninhos... e foi curtir uma praia na cidade de São Paulo, da mesma forma que algumas doenças e transtornos neurológicos são transmitidos pela água, de acordo com o material digital do (des) governo do (Des) Estado de São Paulo.
Como todos devem saber, dento do (des) Estado de São Paulo existe a linda e incrível cidade de São Paulo, a qual possui maravilhosas praias onde na década de 1960 o então prefeito Sr. Jânio Quadros, o tio da vassourinha, proibiu o uso de biquinis.
Posso estar aqui falando sobre coisas das quais a maioria dos senhores leitores não sabem por se tratar do século passado, mas basta uma pesquisa rápida no Centro de Mídias, na aba repositório, materiais digitais, podem escolher dentre as disciplinas e por série, é incrível, no sentido literal da palavra, a quantidade de absurdos que se encontra ali.
No meio de toda essa informação nova, me deparei com Tchupisco, Nova porque quando estava estudando tive aulas ótimas e excelentes professores que me transmitiram muito conhecimento, aprendi e aprendi corretamente História do Brasil e tive aulas de OSPB, e Geografia, portanto sei que na cidade de São Paulo não temos praias e que na década de 1960 Jânio não foi Prefeito e sim Presidente da República, mas enfim, voltemos ao Tchupisco.
Me tornei professora, leciono para crianças de 10 a 15 anos em média, dou aulas de Língua Portuguesa no sétimo ano do Ensino fundamental na rede Estadual de Educação e estudo, estudo muito, aprendo muito todos os dias, inclusive com meus alunos.
Tchupisco me chegou numa aula eletiva na qual tento, junto da minha amiga e também professora Gisele, ensinar as crianças, do sexto e do sétimo ano, a escrever contos. Embora não pareça, os pequenos têm uma imaginação incrivelmente peculiar, sobra, de fato, imaginação.
Iniciamos a aula falando sobre o conto, as características de um conto e dos diversos gêneros possíveis dentro do conto, a maioria deles escolheu escrever um conto de terror, alguns aventura, outros fantasia, mas um aluno disse com convicção que escreveria um Tchupisco. Mas o que é o Tchupisco? A única coisa que posso afirmar com certeza sobre o tal Tchupisco é que se trata de um substantivo, porque ele fez questão de me elucidar essa dúvida.
Não me adimiraria, em hipótese alguma, encontrar dentro de alguns anos, em materiais didáticos, o gênero Tchupisco, afinal não é necessário conhecer a Língua Portuguesa, reverenciar a Literatura e as obras literárias ou saber o mínimo de História e Geografia para produzir material didático para crianças em formação do ensino fundamental. Não é necessário discernimento no momento de fazer com competência o trabalho para o qual foi contratado, a única coisa necessária é conseguir montar apresentações de Power point cheias de erros crassos e torcer para que ninguém da oposição os encontre de maneira que que não venham à tona e vazem para a imprensa.
Ficaria feliz de ver o Tchupisco dentre os gêneros literários, quem sabe eu e Gisele não sejamos lembradas como as professoras que viram o Tchupisco nascer.