Setembro

Estou aqui, nesta escrivaninha, relembrando os setembros da minha atual existência...

Quando nas manhas das manhãs, ainda criança, assistíamos ao despertar de novos tempos nos jardins de nossas fantasias, florescendo, bem aos pouquinhos, a independência cidadã de um novo mundo, caminhando pelos campos da nação, regando flores nos jardins, abrindo janelas aos sons das cigarras, a chegada da primavera...

Quem é que não tem uma prima Vera? Eu, pelo menos, não tive a primazia desse privilégio.

O meu abraço fraterno a todas as Veras, personalidades de muita veracidade, elegância e firmeza no jeito de ser, e que primam pela verdade! Está no significado do nome.

Bom! Setembro, pelo menos para mim, não é só flores, nem só fantasias; mas, um tempo que provoca reflexões.

Em setembro, meus pais se foram...; e, para enxugar as minhas lágrimas, Deus me deu de presente o nascimento da minha primeira, e até agora a única, neta Sofia, ainda nos primeiros dias da primavera, um brilhar de sol nos campos do meu interior.

O certo é que Setembro, para mim, é contrabalanceado entre lágrimas e risos, numa equação positiva, entendendo e compreendendo que tudo na vida tem uma causa, cuja consequência é para o bem do nosso aprendizado moral e espiritual, no sentido de melhor entendermos e compreendermos a vida assim como ela é e como deva realmente ser.

Nada nesta vida, e na vida em todos os universos, pode tirar o brilho de setembro, esse mês que dá o pontapé inicial para os trabalhos da estação primavera, em prol da evolução da natureza.

Que seja bem-vindo este mês tão esperado por todos! Que as nossas manhãs sejam clareadas pelo sol do entendimento e da compreensão por um tempo de paz que não esteja a demorar! Que possamos sentir e compreender em nós o encanto do canto orquestrado das encantadoras cigarras, em cada entardecer!

Assim, em sua realeza e grandeza, a vida segue...

A todos nós, um lindo e abençoado SETEMBRO!