ATENÇÃO! Estão roubando crônicas!
É... meus caros, a coisa não anda fácil. E se você clicou nesse título apelativo, de escolha estética questionável e absurdo de caixa alta, possível que queira assuntar do que aconteceu. Então eu vou narrar e sejam vocês os juízes do possível crime anunciado no vocativo.
Eu aposto que o aposto pode ser singelo, mas em sua parca fragilidade, deve servir. Olha só: estou cansado de todos os dias acordar comigo mesmo e roubar minhas próprias ideias. Eu penso em dormir para acordar e tomar meu café e quando olho o relógio: café pronto. Eu fui lá antes de mim mesmo e fiz o diabo do café!
Ah... então pronto: estou com fome. Vou esconder para preparar sorrateiramente meu almoço e logo quando vejo, já comi e estou ansioso querendo um docinho ainda de beiços engordurados. Geralmente não há doçura. Eu vou lá e ensino ao pilantra que eu sou, que se quiser... se quiser, no máximo um cafezinho sem açúcar é o que eu mereço; e olhe lá!
Está difícil nesses dias em que insistentemente estou sendo roubador de minhas próprias ideias. Uns chamam de vontade, mas para mim é plágio! Assalto! Vejo só, por acaso lá eu me conheço? Vem um desconhecido nem pede por favor e vai entrando assim, sem mais nem menos. Eu, hein...
Agora aposto que ele, no caso, o estranho que habita em mim, está conjecturando alguma forma de furtar minhas coisas; está bisbilhotando meu pensamento. Sabe, é ladino; ardiloso. Por isso que agora estou tentando fazer as coisas sem pensar, mas não sei se ele percebeu antes e antecipou para eu pensasse o que ele quis.
Quando chamam pelo meu nome, ele vai e também olha. Pensei de falar do García Marquez, ele deve querer copiar; copiou, tanto que está escrevendo agora. Não falei! Olha aí!
Está insuportável pensar em ser original... quer saber, deixa pra lá.