A LINGUAGEM DO AMOR
Morando em outro Pais há 33 anos, algumas palavras que uso ao falar minha lingua remontam ao tempo de Pedro Álvares Cabral. Outro dia usando o diminutivo, falei “que bacaninha!” e minha amiga riu dizendo: “Nossa que termo mais antigo!”. Em uma conversa com minha sobrinha eu disse que o cara era cheio da "bufunfa", ela riu com essa palavra. Ai, ficou repetindo: bufunfa, bufunfa… e nao parava de rir. As variações na lingua de um povo caminham numa velocidade incrivel!
No meu tempo se dizia: “Nossa, isso é uma Brastemp!” quando se gostava muito de alguma coisa, devido ao modelo mais novo dessa geladeira que era um sucesso! Ter um cheque especial Banespa era o top da linha; quando uma pessoa era rude, ou brigava em publico, costumava-se dizer: “Essa aí não tem cheque especial Banespa!”.
Mas tem umas antigas que são campeãs! São aquelas que trazem uma segurança e representam um abraço tão real como se fosse físico. Era quando, à noite, eu gritava do meu quarto “Bença Mãe!”, e a resposta "“Deus te abençoe filha” atravessava até paredes à prova de som e me alcançava como um abraço quentinho. Essas ultrapassam qualquer julgamento ou variação linguística.