Arcaísmo S.A.

Deu uma vitrola e um tabefe. E, o sacripanta nem sentiu mal. Era um patife, velhaco, mau-caráter ou desprezível. E, eu fiquei basbaque. Desde petiz assistia o quiproquó por conta de uma reles balela. Era supimpa ouvir minha avó tocando Chopin e solfejando junto. Dava para ouvir do alpendre. Interessante é saber que jorna é salário ou diária, mas no Rio Grande do Sul significa bebedeira. Francis era uma mulher muito magra, sem graça e, ainda antipática, uma autêntica lambisgoia. Ou seria sirigaita? Por estar insistentemente interessada em seduzir e atrair a atenção do seu pretendente. A origem etimológica da palavra pode vir do asturiano, cuja acepção nessa língua relaciona-se com a palavra de uma mulher chamativa, ou sirigaita que pode ser barulhenta, mas não há consenso entre os lexicógrafos. As dúvidas sobre as palavras, particularmente, as mais antigas, dá uma pachorra, palavra que advém de pacho, indivíduo lento e fleugmático. A referida palavra que na Espanha e, em algumas partes da América, é formada com um sufixo depreciativo e por vezes diminutivo. Bem, depois de ouvir belas músicas na vitrola, receber um tabefe daquela mulher sostra. O que pelo Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia das Ciências de Lisboa que aponta a origem obscura da palavra. Outros, como José Pedro Machado (Dicionário Etimológico da Língua Portuguesa) nos remete para xostra, no sentido de sujidade. Também sem origem etimológica. Os arcaísmos são palavras antigas, isto é, que perderam seu uso ou até uso de algum dos seus significados numa linguagem culta.  Aliás, linguagem essa que ignorada pelos pategos (pacóvios, parolos ou lorpas). Ouvir essas palavras é tomar uma carraspana...Quase ninguém usa virtrola ou ceroula...Já dizia Chacrinha, o Velho Guerreiro: “Quem não se comunica se trumbica” A comunicação é tida como um dos grandes motivos de desentendimento entre as pessoas; e deve ser mesmo.