QUAL SERIA O PRÓXIMO ÔNUS, BRASIL?

Crônica de utilidade pública

Seria redundar dizer que estamos num caos infraestrutural TOTAL, além de tentativas de golpes financeiros digitais e presenciais para todo lado.

Na última semana, na minha proximidade, ficamos sem internet, sem energia elétrica e sem telefone comercial (aliás, há 6 dias tentando um socorro junto à empresa de telefonia que alega déficit de técnicos na área de diagnósticos e reparos. Você paga mas não leva.

E para arrematar a URUCUBACA (será que é o Agosto?), meu App bancário ficou com sequela de BUG.

Desconfigurado o "Itoken" fui à agência para reconfigurá-lo com mais segurança.

Terminada a assessoria bancária, ouvi um alerta do funcionário que me deixou perplexa; "olha, a senhora não tem dois produtos importantes nos dias de hoje, que não dá para ficar sem eles, principalmente nessa região".

Depois de explicado,🥶 entendi que tratava-se de risco de vida, a ausência de dois produtos tipo seguro contra assalto, sequestro e furto, pelas maquininhas dos meliantes, daquelas que drenam seu PIX e sua alma em segundos. Tempos loucos.

A orientação é ter saldos virtuais bem fartos para "não provocar a ira dos cometedores de delitos" porque, caso você não tenha saldo ou limite de PIX suficientes, você poderá ser mais machucado, a depender do humor de quem lhe abordar...mas se você tiver os tais seguros você será lesado com total segurança do reembolso institucional. É como falar ao bandido "fique tranquilo, leve tudo que eu tenho seguro contra você🤓".

Conclusão: seguro bancário para não irritar quem lhe rouba.😱 E quem sabe ATÉ proteger sua vida. Tá valendo! Mas é o fim da linha!

E ainda foi esclarecido que, evento externo ao banco, tipo pagar pelo recebimentos de flores no aniversário e perder o patrimônio no velho golpe da maquininha quebrada, ah, isso não pertence ao banco, se você cair num golpe e der a senha, problema seu e do Estado que não lhe protege como deveria, daí banco não se responsabiliza...se não houver o seguro. Ok.

Outro alerta: No corredor dum supermercado ouvi a perguntinha:

"a senhora tem um cartão da empresa?"

Minha resposta foi imediata: "eu quero me ver livre de cartões, ME DESCULPE"

Mas o coração falou mais alto. AI meu Deus!!

Percebi que a garota, ávida por fazer um cadastro, provavelmente tinha metas de cartões da loja a cumprir, final de dia, dia de poucos cadastros, eu pensei. A empatia gritou forte.

"OK, vamos fazer um cadastro, mas tem ônus?-perguntei. Não houve resposta.

Imediatamente começou a pegar meus dados, algo intensamente confidencial. Achei aquilo estranho, ter que declarar nome da mãe, até proventos...e assinar o pedido...sei lá. Parecia a declaração à Receita.

Fiz o cadastro e posteriormente voltei na gerência para saber se os procedimentos eram aqueles mesmos.

Afinal...tanta gente se passando por outro...que dá até medo.

Sim, o procedimento era a quele mesmo, mas o cartão da loja tinha ônus mensal...se você usar. Você usa e paga. Bem, melhor do que pagar e não levar. É um alento.

Racionalizei: talvez a garota não soubesse o significado da palavra ônus. Eu ainda procuro manter a fé! Porque não saber alguns significados também tal faz parte do nosso caos natural.

E eu , agora quero "designificar" a palavra empatia!

O leitor me ajudaria?

E ressignificar a expressão "boa fé"...por: Cuidado com os golpes! Conselho: Sempre deixe a empatia para outro dia. É mais seguro.

"Quem mandou ser empática? Nunca ouviu falar que "o inferno está cheio de boas intenções?"-Me perguntei. Também não me dei resposta que me acalmasse...

É um golpe em cada esquina. Da pilantragem macabra até algumas instituições que se dizem idôneas...mas que disfarçam vendas e ônus, preocupados com seu bem estar.

Sim, também não aceite ofertas de emprego que você tem que pagar para trabalhar. Ultimamente andei ouvindo algo sobre esse golpe.

O mais comum por aqui é trabalhar e não receber.

E por aí vai...

Ainda outro dia, novamente, um Banco queria me vender um produto que eu já tinha. Gente, como assim!!!?

Conclusão: Banco virou supermercado e vice-versa.

Afora os atalhos arriscados das ruas...

Estamos aos "deuses darão".

E já sabemos que os tantos "deuses" apenas discursam para que busquemos nossos direitos em meio a uma cidadania plenamente agonizante. Aviltada. Dilacerada.

Salve-se dos ônus...quem puder e/ou for capaz.

Boa sorte a todos...é o sincero desejo de quem escreve para (com perdão da expressão) esvaziar o saco cheio de perambulantes enganações.

Em tempo: Qual seria a nossa próxima tradução de ônus, Brasil?