Sujeito oculto
As vezes, sou mais que imperfeita, e quando menos espero, conjugo a língua portuguesa de um modo conotativo, ressalto o aspecto qualitativo do sujeito sem predicados. Faço-o parecer importante no contexto que é para observar algum sentido, ligação ou complemento. Sempre considero o sujeito como elemento principal, mas quando não há explicação transformo-o em inexistente.
Alguns, ficam ocultos, na solidão do pensamento. Outros, indeterminados, pois não consigo definir suas ações. Tenho dúvidas em relação ao sujeito indeterminado, pois nada é o que parece ser. Eles indicam cuidado! Não têm uma posição clara, definida. Não tenho muito o que esperar dos sujeitos, não criar expectativas faz mais sentido. Pior é lidar com os vícios de linguagem, as gírias, as irregularidades e as imperfeições como se fossem ações normais. Banalizar a norma culta, a etiqueta, o manual de conduta, é deselegante.
As exceções que me perdoem, mas um bom comportamento é fundamental. Seja qual for a interação, não precisa ser extraordinária, basta ser normal. A exposição interrogada da vida alheia gera vírgulas, parênteses, reticências e ponto final. Tem sujeito que comporta-se como um verbo intransitivo, e um olhar diz tudo.
Para que resposta melhor, em determinados casos, que o silêncio? Outros, precisam justificar-se o tempo todo, exageram no complemento verbal. Assim, a paciência nervosa tem um ataque de prosopopeia. E nessa falta de coesão e coerência conoto e denoto o sujeito sem adjetivos qualitativos.