SOMOS O NOSSO APOCALIPSE.

Guerras, batalhas sangrentas, lutas intermináveis entre povos, cidades e até nações. Esses absurdos , tão conhecidos de todos nós, não é algo novo, remonta às eras e a aurora dos tempos.

Há de lembrar-se da guerra do anjo caído com o general celestial... Porém, não vou entrar nesse detalhe em específico.

Em 1914 teve início a primeira guerra mundial, homens e nações reunidas em ordem de batalha. O resultado não poderia ser outro, milhões de pessoas mortas, países invadidos, esfacelados, cidades em ruínas, lágrimas, dor, cheiro de morte.

Após o término em 1918, pensava-se que jamais haveria outra, acordos e apertos de mão, no entanto, não existem acordos entre a pedra e o martelo, uma hora, um dos dois se partem... Foi o que aconteceu.

Um pouco depois, em 1939, o mundo novamente se uniu, não para celebração da paz, muito pelo contrário, reunia-se para o combate. Fileiras de homens em marcha, bandeiras com símbolos que até aos dias de hoje causam-nos horror. Tanques, equipamentos, aviões, navios gigantescos. O mundo presenciou o levantar de um déspota enlouquecido, um homem querendo impor a ferro e fogo sua doutrina deformada. Novamente o horror foi espalhado de trincheira em trincheira, homem a homem, em cada canto e campo de batalha. O resultado não poderia ser outro, tão catastrófico quanto o primeiro, engana-se aquele que acredita haver vendedores em uma guerra, bombas de destruição em massa mostrou-nos a impossibilidade de haver vencedores, quando na verdade todos somos vítimas e perdedores.

A imprensa mostra esse horror se erguendo novamente do outro lado do mundo.

Não se engane, não há nada de novo debaixo do sol.

Lendo o texto sagrado, encontrei no seu início, no décimo quarto capítulo do primeiro livro, certa batalha, ocorrida no vale do Sidim. Essa, "guerra", dos tempos antigos, foi um evento onde quatro reis da Mesopotâmia se reúnem contra cinco da "planície". Possivelmente no início do segundo milênio a.c. Quedorlaomer e seus aliados, as suas cidades, a saber: Elão, Sinar, Elasar, Goin. Guerreiros e suas armas rudimentares invadem as cidades da "planície", a saber, Sodoma, Gomorra, Abama, Zeboin e Bala. Comandantes e comandados impõe derrota aos cinco reis.

O resultado foi o mesmo, sempre será em qualquer tempo e lugar.

O sobrinho de Abraão é levado cativo nessa guerra, para resgatá-lo, o patriarca bíblico reuniu 318 homens e foram à luta... Tal atitude parece suicídio, porém, o que parecia impossível aconteceu, o sobrinho de Abraão foi resgatado com vida. Ainda que para tal, um rastro de sangue ficou pelo caminho. Eram homens em cavalos com espadas e flechas nas mãos, como dito anteriormente, rudimentares armas, no entanto, o desfecho se fez em corpos dilacerados e transpassados.

O que acontece entre Russos e Ucranianos é lamentável... Não pense que haverá beijos no rosto e apertos de mão.

O bem e o mal está no coração do homem, eis uma verdade universal, o homem foi feito bom, puro, o mal foi plantado no coração com base em suas errôneas escolhas... Também não quero falar sobre isso agora. O que eu quero enfatizar é que não existe lado certo quando uma arma está apontada para a cabeça de um semelhante em batalhas onde esses agressores apenas cumprem ordens sem sentido.

Desde os primeiros povos que as batalhas aconteceram, parece inevitável que nós somos o nosso próprio fim e nosso apocalipse...

Tiago Macedo Pena
Enviado por Tiago Macedo Pena em 27/08/2023
Código do texto: T7871348
Classificação de conteúdo: seguro