Alucinar!
Alucinar!
No meio da noite, no silencio barulhento da fazenda, me ocorreu que a leitura do livro herdado de minha irmã Di, “Jesus, A Enclopédia”, parece estar alternando meu modo de entender a ilusão que todo ser humano precisa.
Antes da leitura, eu afirmei ser a ilusão o desejo indestrutível de ser amado, com a leitura estou tentado a entender que não é o desejo, mas a esperança indestrutível de ser amado. Acho que para os psicanalistas desejar e esperançar é a mesma coisa!
Eu também acho. Então, desejar e esperançar é a mesma coisa.
Ilusão, desejo, esperança de ser amado para a humanidade é algo não realizável.
Ser amado, como desejado, esperançado e ilusionado pela humanidade só é possível na instância do alucinar. Nada a ver com alucinação psiquiátrica, “alguma coisa que não existe como sendo parte da realidade”.
A esperança, o desejo, a ilusão de ser amado se realiza no alucinar, não na alucinação, ao alucinar o ser constrói e realiza toda a sua esperança, seu desejo a sua ilusão de ser amado!
Na vida adulta, o Cristianismo, Jesus, Cristo.
Enquanto bebe, a mamadeira, mamãe!
O cristianismo e a mamadeira existem e realizam a ilusão, o desejo, a esperança de ser amado, muito além da psiquiatria... aliás, só cai na psiquiatria aqueles que não conseguem realizar, via alucinar, a ilusão, o desejo e a esperança de ser amado!