MINIMALISMO

 

O novo 'trend' dos dias atuais é o minimalismo.

 

Cada um na sua - o que importa é ser feliz. Só não entendo o motivo pelo qual uma pessoa que segue essa tendência precisa querer ensinar a todos a ser igual a ela, como se quem não fosse estivesse 'tirando' algo dos menos favorecidos. Isso me parece um problema de necessidade de autoafirmação. 

 

A internet está cheia de tutoriais sobre minimalismo. Basicamente, minimalista é aquele que vive com menos, compra menos, tem poucos móveis em casa, vive em um local pequeno onde cabe apenas o que ele acha ser essencial para a sua vida. E os mais radicais se recusam a comprar qualquer coisa nova, reutilizando roupas usadas e até pegando comida em latas de lixo de restaurantes (esses são os chamados "Freegans). 

 

E há também os que acham que quem não segue essa moda (sim, para mim é apenas uma moda que vai acabar passando como tantas outras), é um destruidor do planeta, um ser inconsciente e irresponsável, um incentivador do capitalismo selvagem.

 

Não conseguiria ser minimalista. Trabalho muito para poder desfrutar de uma vida confortável, ter coisas bonitas que eu gosto e que me deixam mais feliz. Não gostaria de levar uma vida anêmica. Compro bastante, mas dôo bastante também. Não mantenho em casa nada que eu não use ou que eu ache que não me serve mais, e não atravanco meus espaços com coisas que eu considero inúteis. 

 

Mas sou maximalista. Acho que a vida tem que ser o máximo. Viver já é difícil com tantos problemas que existem no mundo, e ficar me auto-fiscalizando para seguir uma 'trend' que não ressoa com o que eu acredito é uma preocupação desnecessária que jamais terei. Porém, respeito quem pensa diferente.

 

O problema não é possuir muitos objetos, mas deixar-se possuir por eles. Enquanto há equilíbrio, por que deixar de comprar alguma coisa que a gente quer só porque acha bonito? Eu gosto de coisas bonitas. Gosto de roupas e sapatos bonitos, casa bem arrumada, toalhas de banho grandes e macias, louças bacanas. Não vejo problema nenhum nisso.

 

Sou adepta do seguinte ponto de vista: viva e deixe viver. Sem atrapalhar ninguém e sem querer doutrinar ninguém.