PRELÚDIO AO MEU REENCONTRO (crônica)
Não gosto da saudade, nunca escondi. A tolero, pois se expressa e rima.
Num certo dia a saudade sorrateiramente me olhou, abraçando-me, e para mim permaneceu sorrindo.
Eu? chocado a olhei, abracei-a e chorei. Nada me restou, calando-me, deixando-me um homem esperançoso recheado de doloridas esperas.
Porém, o sr. Tempo olhou por mim e apagou as distâncias que se criaram com formas tristes, fazendo-as longas, caminheiras e invisíveis quando necessárias, e preciosas.
E, quando as distâncias no horizonte se apagaram, trazendo finalmente a volta das brisas de minhas liberdades esquecidas, eu me olhei tão profundamente, abracei-me tão intensamente, que acabei sorrindo-me verdadeiramente, outra vez.