FALSA REALIDADE
Sempre existiu e sempre existirão pessoas que não se enquadram na realidade, que ou por problemas físicos ou psicológicos ou ainda sociais, sentem-se incomodadas pelo descompasso entre o que elas pensam de si e a realidade em que vivem, mas parece que nos últimos tempos esse número adquiriu incremento exponencial tendo em vista o volume daquilo que eu considero aberrações comportamentais.
Posso até estar exagerando por ter uma visão antiquada do que é certo e o que é errado, mas ao acompanhar os discursos que tentam justificar certos comportamentos vê-se que os fundamentos não existem nem os argumentos são plausíveis...
Justificar a prática do roubo como consequência da opressão da “sociedade de consumo” sobre aquele marginalizado desde sempre, falece diante de tantos que, em situação semelhante, arregaçaram as mangas nos estudos e no trabalho e galgaram ascenção social.
Claro que a maioria levada pelo efeito manada do despreparo e do discurso demagógico do vitimismo, permanece confinada em favelas esperando que caiam do céu as melhorias para suas vidas.
Ouvi outro dia um comentário sobre a permanência do subdesenvolvimento e da dependência da ajuda oficial nos Estados do Norte e Nordeste brasileiros esclarecendo que permanece ativa a ideia das capitanias hereditárias, quando os herdeiros dos donatários, com ou sem aptidão para a gestão pública, assumiria o controle do “feudo”.
Essa ideia permanece dentro das famílias dos políticos apoiados em outros tempos pelo coronelismo e que, apesar da incompetência fartamente demonstrada, continuam a governar.
Melhor dizendo a desgovernar os Estados estagnados como se tivessem sido plantadas caveiras de burro como esclarece a sabedoria popular para aqueles empreendimentos que não florescem jamais ou quando muito, têm o que em “economês” se chama voo de galinha.
Filhos, netos e bisnetos das famílias dos Mendes, Barbalho, Sarney, Dias, Gomes, Maia, Lima, Arraes, Coelho, Calheiros, Lira, Magalhães, são alguns dos exemplos desde o Amazonas até a Bahia desses “ilustres” que, vez por outra, aparecem nos noticiários pelo envolvimento com as trapaças da corrupção endêmica e que com compra de votos ou ameaças, são eleitos e reeleitos indefinidamente.
Outra coisa insólita é essa tal ideologia de gênero quando o alienado, fora de quaisquer razoabilidades, acha que é o que pensa ser.
Quando questionado seriamente fica com aquela cara de paisagem, incapaz de argumentar como aparece num desses tiktok em circulação nas redes sociais quando um(a) mulher-trans, paramédico, não sabe o que dizer quando questionado qual o procedimento a ser adotado num atendimento em que um homem biológico, mas que se considera mulher, afirma estar sofrendo um aborto espontâneo.
É o hilariante esclarecimento do que significa falsa realidade...